A Juíza de Direito Osnilda Pisa, da 6ª Vara Criminal de Porto Alegre, condenou hoje (28/6) dois jovens que realizaram assalto com seqüestro-relâmpago. A pena é de 7 anos e 6 meses de reclusão, além de 20 dias-multa.

O fato ocorreu em 2/4, no bairro Menino Deus. Mãe e filho, de 6 anos de idade, ingressavam no veículo quando foram ameaçados com um revólver. Após roubarem dinheiro e objetos de valor da mulher, os jovens a conduziram até a Caixa Econômica Federal, no bairro Tristeza, para que efetuasse um saque, o que não se concretizou pelo fato de a agência estar fechada.

Os rapazes foram presos ao serem reconhecidos pela vítima, quatro dias após o assalto, no centro da Capital.

Na sentença a magistrada enfatizou que ?a culpabilidade dos réus é acentuada, porque as vítimas foram submetidas à violência psicológica desnecessária, principalmente a mãe, que se viu impotente para proteger o próprio filho, mantido sob a mira de um revólver, causando-lhes danos severos. (...) Do mesmo modo, a falta de habitação e de capacitação do réu Rafael para conduzir o veículo, além de dirigir em alta velocidade, colocou em risco a integridade física e a própria vida das vítimas. A forma de agir, inclusive ameaçando a vítima, com o objetivo de intimidá-la para que ela não os reconhecesse em juízo, e a tranqüilidade para fazer uso, em via pública, dos tênis e jóias subtraídos, demonstra a perversão moral dos réus. Além disso, em razão da não restituição do veículo, grandes também foram as conseqüências econômicas. No caso, ao contrário do que ocorre em subtrações em que a arma apenas é mostrada para intimidar a vítima e facilitar a subtração, mas estas não sofrem riscos, aqui as vítimas poderiam até ter sido atingidas por um disparo, ainda que acidental, ou sofrer um acidente de trânsito.?

Proc. 20507066970 (Maria Helena Gozzer Benjamin)