Condenado por tráfico de drogas recorre em liberdade

Condenado por tráfico de drogas ganha recurso para apelar em liberdade contra a decisão em primeiro grau.

Fonte: TJRO

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Condenado por tráfico de drogas ganha recurso para apelar em liberdade contra a decisão em primeiro grau. A decisão liminar é do desembargador Eurico Montenegro, da 1ª Câmara Especial do Tribunal de Justiça de Rondônia e foi publicada na edição desta sexta-feira, 6, do Diário da Justiça Eletrônico.

 


Os advogados do réu alegam no pedido de liberdade feito à Justiça (habeas corpus), que o homem preso sofre constrangimento ilegal, pois, de acordo com os autos do processo judicial, após ser denunciado pela prática do crime de tráfico de drogas (art. 33, caput da Lei n. 11.343/2006), permaneceu fora da cadeia durante toda a instrução do processo (fase judicial).

 


Para a defesa, a manutenção da prisão contraria o princípio da presunção de inocência, pois estão ausentes as provas de participação no delito. A defesa do réu ainda alega que o próprio Ministério Público do Estado, que acusa, pediu, nas alegações finais do processo, a absolvição e desclassificação com relação à acusação de tráfico. A despeito disso, o juiz condenou o réu e negou-lhe o direito de responder ao processo em liberdade.

 


Inconformada com a decisão, a defesa do réu recorreu ao Tribunal de Justiça para por em liberdade o acusado de tráfico de entorpecentes. Ao analisar a liminar (decisão temporária e urgente), o desembargador afirmou que a exigência da prisão provisória para apelar não ofende a garantia constitucional da presunção de inocência, regra que, no entanto, comporta exceção. Montenegro lembrou que o réu respondeu ao processo em liberdade, e compareceu, espontaneamente, a todos os atos processuais.

 


"Ademais, não vejo aparente a necessidade de recolher-se à prisão para apelar, pois inexiste fato novo que recomende a segregação", decidiu o desembargador, ao defender o princípio constitucional da presunção de inocência.

 


Como destacou na decisão o desembargador, a jurisprudência do TJRO e dos Tribunais Superiores assentou o entendimento de que, se o réu permanece solto durante toda a instrução criminal, sem comprometê-la, como no caso julgado, é imprescindível a fundamentação judicial, com amparo nos pressupostos exigidos para a decretação da prisão cautelar, para a negação do direito do condenado apelar em liberdade, o que não ocorreu nesse processo.

 


Por entender que estão ausentes as circunstâncias e fatos que recomendem a prisão do réu, ao menos neste processo, o desembargador concedeu a liminar para que o homem possa recorrer em liberdade. O mérito do habeas corpus ainda será julgado pela 1ª Câmara Especial.

 

 

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