Comissão de juristas criada no Senado veta presença do público e cobertura da imprensa

Presidente da comissão argumentou que fechar a reunião à imprensa e ao público garantiria mais liberdade ao debate

Fonte: Agência Brasil

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Brasília - A comissão de juristas que discute a reforma da Lei de Arbitragem e Mediação decidiu nesta sexta-feira (24) que vai passar a fazer o debate das propostas a portas fechadas. A medida deve ser adotada pelo menos até que haja entendimento em torno dos pontos que vão compor a proposta a ser apresentada ao Congresso.


A decisão já valeu para a reunião de hoje, que foi fechada após a decisão de se impedir a cobertura jornalística e o acompanhamento da população. Os presentes à sala de audiências do Senado que não integravam a comissão foram convidados a se retirar.


Sob o argumento do presidente da comissão, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Luis Felipe Salomão, de que fechar a reunião à imprensa e ao público garantiria mais liberdade ao debate, a maioria dos 21 membros do grupo acatou a sugestão. A medida também valeu para a TV Senado, que transmitia internamente a sessão e interrompeu o sinal.


Ao dizer que o trabalho da comissão é uma discussão científica e não política, o jurista Carlos Alberto Carmona foi contrário à presença da imprensa nas reuniões. “Nós precisamos de uma tranquilidade maior, ao invés de exibição, publicidade, cortes de eventuais pedaços do que vamos dizer para integrar programas televisivos ou, eventualmente, notícias de internet, que sempre, inevitavelmente, serão distorcidas”, disse Carmona.


A ex-presidenta do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie também foi a favor do fechamento das reuniões. “Estamos em fase de formação de convencimento. É bom que não haja de logo uma divulgação. Posso eu adotar uma posição agora e mais tarde meus colegas me convencerem de que eu estava errada, e que outra posição é a mais adequada”, justificou.


A ministra aposentada do STF comparou a situação à transmissão de sessões administrativas dos tribunais. Como exemplo, questionou a transmissão de sessões em que magistrados são preteridos em lista. “Precisa realmente haver uma divulgação ampla das motivações pelas quais aquela pessoa foi preterida?”


Para Ellen Gracie, a autoridade judicial que tiver suas ações discutidas publicamente vai “ficar carimbada, constrangida”, e isso terá reflexos na carreira posterior. "Isso não quebra em nada o principio da transparência absoluta, já que o que realmente interessa será divulgado plenamente", alegou.

Palavras-chave: Comissão de Juristas Senado Veto Presença Público Imprensa

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3 Comentários

Orlando Pagnussatti aposentado24/05/2013 20:15 Responder

Depois da cobertura midiática do evento \\\"esportivo\\\" denominado de \\\"mensalão\\\", onde nenhum dos juristas que participa da Comissão que discute a reforma da Lei de Arbitragem e Mediação, pelo que sei, nada reclamou a respeito, proibir, agora, um debate que deve ser democrático ao extremo, é demonstrar nessas atitudes, dois pesos e duas medidas. Principalmente, para ministros e ex-ministros de Tribunais, como é o caso vertente.

GONCALO PAZ GRADUADO EM DIREITO.27/05/2013 2:20 Responder

Comissão de juristas criada no Senado veta presença do público e cobertura da imprensa. NÃO CONSIGO CONCEBER, ESTE VETO CRIADO POR ESTES JURISTAS NO SENADO FEDERAL, CASA QUE ATÉ ENTÃO, EU TINHA COMO DIZ NOS AUTOS, QUE É A GUARDIÃ DA CONSTITUIÇÃO, DIRREPENTE, COM ESTA COMISSÃO DE JURISTAS, OU MELHOR DIGO, COMISSÃO DE CRIMINOSOS, PORQUE, ESTA COMISSÃO FERE DE MORTE O ART. 93 , INCISO IX E X DA CF/88. SERÁ QUE O EMINENTE MINISTRO (PRESIDENTE) JOAUIM BARBOSA ESTARÁ FAZENDO PARTE DESTA COMISSÃO, SE VERDADEIRO SERÁ DELA TAMBÉM O PRESIDENTE. GONCALO PAZ. CPF 07698054349 , PRESIDENTE ESTA COMISSÃO ME DEIXA INDIGNADO, COMO CIDADÃO E PAGADOR DE IMPOSTOS, QUE COMO SABEMOS, TENHO A OBRIGAÇÃO DE PAGAR DESDE O BERÇO AO TÚMULO. MINISTRO JOAQUIM BARBOSA, PORQUE V.S.ª É ASSIM?.

carlos roberto silveira silveira@seevissp.org.br27/05/2013 10:11 Responder

ja começou mau,isto é que da pessoas pequnas de raciocinio, dentro da democracia, democracia é algo mai amplo que suas pequnez de raciocinio

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