Comerciante é condenado a 18 anos

Após quase nove horas de sessão, terminou ontem (31), às 22h25, o julgamento do comerciante A.G.S. acusado de matar a ex-esposa F.P.V.S. e tentar matar a cunhada F.P.V. em 25 de maio de 1990.

Fonte: TJMG

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Após quase nove horas de sessão, terminou ontem (31), às 22h25, o julgamento do comerciante A.G.S. acusado de matar a ex-esposa F.P.V.S. e tentar matar a cunhada F.P.V. em 25 de maio de 1990. O réu foi condenado a 18 anos de prisão. A sessão foi presidida pelo juiz Leopoldo Mameluque, do I Tribunal do Júri de Belo Horizonte.

A ?demora? do julgamento se deve ao fato de A.G.S. ter fugido após o crime. Mesmo foragido, foi pronunciado, isto é, o Juízo Sumariante do I Tribunal do Júri de Belo Horizonte, à época, determinou que o caso iria a julgamento popular. A.G.S ficou foragido até 24 de julho de 2006, quando foi preso em Goianazes, na capital paulista.

Segundo denúncia do Ministério Público, o acusado, movido pelo ciúme que tinha de sua esposa foi à casa dos pais dela, com o objetivo de obrigá-la a irem juntos dar início à ação de divórcio. O casal tinha dois filhos e já estava separado. Na época, F.P.V.S, sua ex-esposa, tinha 20 anos.

Ainda de acordo com a promotoria, como F.P.V.S se negou a ir, já que o advogado não estaria no escritório naquele dia, A.G.S seguiu-a até um dos quartos e, após mais uma recusa da esposa, atirou contra ela duas vezes, atingindo sua cabeça e acarretando sua morte. O crime foi presenciado por uma filha do casal. Ao sair do quarto para ir embora, deparou-se com sua cunhada, F.P.V., e disparou três tiros contra ela, que ficou ferida.

O promotor de justiça, Giovanni Mansur Solha Pantuzzo, durante a sessão, tentou convencer os jurados de que o crime foi premeditado. ?Ele foi armado até lá Os tiros não foram dados de longe, foram encostados. E isso foi constatado pela perícia?, comentou.

O Ministério Público denunciou A.G.S. por homicídio e tentativa de homicídio duplamente qualificado (por motivo fútil e sem chance de defesa para vítima).

A estratégia da defesa foi tentar desqualificar o crime. O advogado Obregon Gonçalves, que atuou em defesa do réu, disse ?o réu agiu sob violenta emoção e de que a vítima (F.P.V.S.) não foi pega de surpresa, já que conhecia o réu, sabendo do que ele era capaz, além de ter sido advertida pelo próprio pai sobre o estado de A.G.S.?, argumentou.

Atualmente, o comerciante está preso na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, onde deve aguardar eventual recurso, tendo em vista que esta é uma decisão de 1ª Instância.

Processo nº 0024.90.692.851-0

Palavras-chave: comerciante

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