Comissão desistiu da sessão depois que o ex-prefeito conseguiu decisões judiciais que o desobrigavam de falar a verdade. CPI tenta derrubar liminares

O depoimento do ex-prefeito Celso Pitta à CPI do Banestado foi adiado por uma decisão da própria comissão, depois que ele conseguiu duas liminares no Supremo Tribunal Federal (STF). Pelas decisões do ministro Cezar Peluso, o ex-prefeito não era obrigado a dizer a verdade e podia omitir informações que o comprometessem. Além disso, os integrantes da CPI não poderiam fazer menção aos dados dos sigilos fiscal, bancário e telefônico de Pitta. Ao saber das limitações, a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) pediu o adiamento da oitiva, que foi aceito pelo presidente da comissão, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT).

Pitta foi chamado a depor sobre suas contas descobertas no exterior. Sua ex-mulher, Nicéa Camargo, apresentou uma série de documentos que demonstram a movimentação de uma conta do ex-prefeito em Nova York. Há também documentos em fase de tradução sobre supostas contas que Pitta e seu padrinho político, Paulo Maluf (PP), tiveram na Suíça. As informações foram conseguidas pelos ministérios públicos Estadual e Federal, em acordo com a Justiça da Suíça.