Caso da engenheira desaparecida: PMs responderão a processo em liberdade

Os quatro policiais militares acusados de matar e ocultar o corpo da engenheira Patrícia Amieiro Franco, que desapareceu no dia 14 de junho de 2008, na Barra da Tijuca, responderão ao processo em liberdade.

Fonte: TJRJ

Comentários: (0)




Os quatro policiais militares acusados de matar e ocultar o corpo da engenheira Patrícia Amieiro Franco, que desapareceu no dia 14 de junho de 2008, na Barra da Tijuca, responderão ao processo em liberdade. A pedido da defesa, o juiz Fábio Uchôa, do 1º Tribunal do Júri da capital, resolveu revogar a prisão preventiva dos réus por não subsistirem motivos para justificar tal medida.

A decisão foi tomada hoje, dia 16, no final da audiência de Instrução e Julgamento, quando foram ouvidas as duas últimas testemunhas arroladas pelo Ministério Público: o flanelinha Thiago Affonso Ferreira e o pai da vítima, Antonio Celso de Franco. Os PMs Willian Luis do Nascimento, Marcos Paulo Nogueira Maranhão, Fábio da Silveira Santana e Márcio Oliveira dos Santos acompanharam a audiência.

Em seu depoimento, o guardador de carros afirmou que estava em um ponto de ônibus na Rocinha no dia do incidente quando viu o carro da engenheira ser abordado por dois marginais. Ele disse que reconheceu Patrícia, pois a mesma freqüentava a praia do Pepê, assim como ele.

Depois, Thiago contou que foi para um luau na beira da Lagoa da Barra. Após alguns minutos, viu um automóvel igual ao da engenheira cair pelo barranco do outro lado da lagoa. Ele e um amigo pegaram suas pranchas, foram até o local do acidente e viram um homem subir o barranco usando as mesmas roupas que o marginal que interceptou Patrícia. Ele alega também que não havia ninguém dentro do carro quando chegou.

A segunda testemunha a ser ouvida foi o pai da engenheira, Antonio Celso de Franco. Ele afirmou que sua filha não tinha envolvimento com drogas e que não costumava ultrapassar os limites de velocidade com o carro. Ele também contou que, duas semanas depois do desaparecimento de sua filha, recebeu uma ligação de alguém que dizia ter seqüestrado Patrícia. Ele instalou um identificador de chamadas em seu telefone e, quando ligaram novamente, anotou o número e passou para as autoridades policiais. Após investigação, foi descartada a possibilidade de seqüestro.

A continuação da audiência de Instrução e Julgamento foi marcada para o dia 30 de setembro, às 13h, quando serão ouvidas as testemunhas de defesa do primeiro réu, o policial militar Willian Luis do Nascimento. Ainda não foi marcada a data para a oitiva das testemunhas de defesa dos outros réus.

Nº do processo: 2008.001.172235-0

Palavras-chave: liberdade

Deixe o seu comentário. Participe!

noticias/caso-engenheira-desaparecida-pms-responderao-processo-em-liberdade

0 Comentários

Conheça os produtos da Jurid