Cão farejador ajuda juiz a condenar dois ladrões

O juiz citou na sentença que o cão foi fundamental, pois "não há crime perfeito e com o auxílio de um esperto cão farejador foi possível vincular os homens ao assalto"

Fonte: Estadao.com.br

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Três homens foram condenados em 31 de maio, em Ribeirão Preto, pelo crime de roubo com reféns. Dois deles tinham sido presos devido ao faro do cão Fanton, da raça belga bloodhound, do canil da Polícia Militar. O juiz da 2ª Vara Criminal, Sylvio Roberto de Souza Neto, citou na sentença que o cão foi fundamental, pois "não há crime perfeito e com o auxílio de um esperto cão farejador foi possível vincular os homens ao assalto".

O soldado Ricardo Alexandre Cazarotte, treinador de Fanton, diz que nos Estados Unidos o cão bloodhound já é reconhecido como prova material, mas essa seria a primeira vez que ocorre no Brasil.

Alex Deleigo, Márcio José Inácio de Amorim e Leandro Henrique Alves dos Santos participaram de um roubo num bar da Vila Seixas, fazendo reféns os donos e fregueses. Deleigo ficou com os reféns e os outros dois fugiram num Gol, após a chegada da PM, avisada por uma pessoa que suspeitou do crime.

Houve troca de tiros. A placa do Gol foi anotada por um policial e Deleigo rendeu-se após a negociação. Duas horas depois, no bairro de Campos Elíseos, uma mulher deu queixa de furto de seu veículo, justamente o Gol usado na fuga dos dois homens. O cão Fanton foi levado ao carro e seguiu o faro até a mulher que estava dentro do distrito policial, prestando a queixa a vários quarteirões dali. Assim, a mulher confessou que seu filho, Márcio Amorim, tinha participado do assalto.

Na sentença, Deleigo foi condenado a 12 anos de prisão, Amorim a 9 e Santos a 16 anos e sete meses. O juiz chamou Cazarotte para informar que graças ao trabalho dele e do cão foi possível vincular Amorim e Santos ao roubo. Cazarotte sente-se recompensado, pois, há três anos, desembolsou R$ 1,2 mil para comprar Fanton e doá-lo à PM.

O soldado está há 12 anos na PM e há nove treina cães - atualmente treina quatro dos seis da PM local: Fanton (fareja pessoas), o labrador Danger (de explosivos), o golden retriever Bacana (de drogas) e um de policiamento. "O cão da raça bloodhound tem 320 milhões de células farejadoras, enquanto o labrador tem 250 milhões e o ser humano tem apenas 5 milhões", compara Cazarotte.

A primeira ação de Fanton, que está com três anos, ocorreu aos 11 meses de vida. O treino diário do cão é de pelo menos 40 minutos, dentro do próprio quartel ou nas proximidades, criando pistas. Cazarotte também já treinou um rottweiler condecorado por buscas de pessoas. Agora, o soldado prepara-se para ir aos Jogos Pan-americanos de 2007, no Rio, com Danger (farejador de explosivos).

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