André Vargas formaliza renúncia à 1ª vice-presidência da Câmara, mas permanece deputado

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, ainda deve marcar a data da eleição para o cargo

Fonte: Agência Câmara

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O deputado licenciado André Vargas (PT-PR) formalizou nesta quarta-feira (16) o pedido de renúncia ao cargo de 1º vice-presidente da Câmara dos Deputados. A carta foi protocolada às 15h26 na Secretaria-Geral da Mesa. Ele permanece deputado.


O documento, no entanto, tem a data do dia 09 de abril, quando o deputado anunciou que renunciaria ao cargo, mas não oficializou o pedido. O líder do PT, deputado Vicentinho (SP), chegou a ler a renúncia aos jornalistas e, durante a semana, se disse constrangido ao ser informado de que o pedido não tinha sido oficializado.


O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, ainda deve marcar a data da eleição para o cargo. A vaga continua pertencendo ao PT, que deve escolher o substituto. Nesta semana, o vice-líder do governo, deputado Henrique Fontana (RS), disse que os candidatos, até o momento, são os deputados Paulo Teixeira (PT-SP) e Luiz Sérgio (PT-RJ).


Denúncias


André Vargas responde a um processo no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar por conta de suas relações com o doleiro Alberto Youssef, preso na operação Lava Jato da Polícia Federal. O doleiro pagou um jatinho para levar Vargas e a família para passar as férias em João Pessoa (PB) no final do ano passado.


Além disso, há denúncias de que o deputado teria intercedido em favor de uma das empresas de fachada do doleiro em negócios com o Ministério da Saúde. A Polícia Federal interceptou conversas em que o doleiro cobra a atuação de Vargas e diz que a “independência financeira” dos dois dependeria do sucesso no negócio.


Veja na íntegra o que diz a carta:


Renuncio à vice-presidência da Câmara


Em virtude da decisão tomada hoje pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, pela instauração de procedimento de apuração de denúncias apresentadas contra mim, decidi apresentar minha renúncia à vice-presidência desta Casa.


Tomo esta decisão para que possa me concentrar em minha defesa perante o Conselho e para não prejudicar o andamento dos trabalhos da Mesa Diretora, e também de preservar a imagem da Câmara, do meu partido e de meus colegas deputados.


Tenho enfrentado um intenso bombardeio de denúncias e ilações lançadas em veículos de imprensa baseadas apenas em vazamentos ilegais de informações, as quais terei agora a oportunidade de esclarecer, apresentando minha versão - a verdade - a respeito de tudo que vem sendo divulgado.


Enfrentarei tranquilamente este processo na certeza de que provarei, ao final, que não cometi nenhum ato ilícito. Sigo com muito orgulho de minha história política e minha luta, ao lado de tantos companheiros, em defesa do povo paranaense e pela construção de um Brasil melhor.


Brasília, 9 de abril de 2014.

Palavras-chave: andré vargas renúncia de mandato direito eleitoral

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1 Comentários

José Roberto. sua profissão18/04/2014 14:17 Responder

Interessante que os congressistas brasileiros, mesmo tendo sido desmascarados, NUNCA assumem suas responsabilidades. E o pior que seus pares sempre os defendem, e, no final só a população é quem sai em mais um prejuízo...

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