Alto custo emperra alternativas ao uso de cobaias em testes de laboratórios

O tema é sensível por envolver questões éticas e morais à prática adotada pela comunidade científica

Fonte: Correio Braziliense

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A invasão do Instituto Royal, há duas semanas, por ativistas que de lá retiraram 178 cães da raça beagle usados em pesquisas, reacendeu a discussão sobre o uso de animais como cobaias de pesquisas científicas para desenvolvimento de produtos. O tema é sensível por envolver questões éticas e morais em relação ao uso de cobaias, em uma prática adotada pela comunidade científica do mundo todo. O Brasil aparece como um país que ainda engatinha no assunto. Somente há cinco anos foi aprovada uma lei para regulamentar o uso de mamíferos não humanos em testes. E o país ainda investe muito pouco em métodos de pesquisa alternativos se comparado às nações desenvolvidas.


Enquanto aqui o valor repassado à Rede Nacional de Métodos Alternativo (Renama) — criada no ano passado — para os próximos cinco anos foi apenas R$ 1,6 milhão, na União Europeia, o dinheiro disponível para o mesmo período chega a R$ 400 milhões. Mas não é só a discrepância de valores que revela o atraso do país. Nos países da União Europeia e na Austrália, por exemplo, as legislações que regulamentam o uso de animais em pesquisas foram desenvolvidas ainda nos anos 1980. No Brasil, isso aconteceu em 2008, com a aprovação da chamada Lei Arouca. A norma diz que, sempre que houver um método alternativo, este deve ser usado em lugar dos animais. O texto também obriga a criação de comissões de ética em instituições que fazem pesquisas em animais, como universidades e laboratórios.


Pesquisadores e ativistas ouvidos pelo Correio confirmam que há uma tendência mundial de busca por métodos que substituam animais em pesquisas. Gerente da campanha “Liberte-se da crueldade”, da organização não governamental Human International Society, Helder Constantino defende o fim dos testes em animais, mas reconhece a dificuldade de fazer isso no momento. “É preciso ter investimento. O Brasil está à frente da China e da Índia, por exemplo, mas muito atrás da União Europeia e de outras nações.

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