Adams afirma que projetos de lei avançam na criação de instrumentos para reduzir litigiosidade no país

Para Adams, os Projetos de Lei na Câmara avançam de maneira fundamental em vários pontos, como por exemplo no modelo de conciliação por adesão, que, segundo ele, permite a adoção de soluções multiplicadoras

Fonte: AGU

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A Câmara dos Deputados reuniu nesta terça-feira (08) especialistas para debater os Projetos de Lei nº 7.169/14 e nº 7.108/14, que tratam da mediação e arbitragem para resolução de conflitos. O Advogado-Geral da União, ministro Luís Inácio Adams, participou do encontro e defendeu a criação de mecanismos concretos, ágeis e mais seguros para a implementação do modelo conciliatório no Poder Público.


O Advogado-Geral ressaltou que a AGU vem trabalhando no processo de conciliação desde 2009 e que, muito antes disso, era recorrente a compreensão da necessidade de se instituir instrumentos de composição e de conciliação, buscando evitar o grau elevado de litigiosidade que o Brasil vive atualmente.


Adams apresentou aos deputados, representantes de confederações e entidades públicas, dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que mostram o grande volume de ações judiciais. "Nós temos em torno de 90 milhões de processos tramitando na Justiça, de acordo com dados do CNJ. Desses, pouco mais de 40% é do Poder Público e desses 40% quase a metade está em execução fiscal. Essa morosidade leva à promoção da insegurança jurídica, pois o processo decisório se torna profundamente anacrônico".


O ministro da Advocacia-Geral defendeu o processo conciliatório como o melhor caminho para se resolver conflitos. "Por meio da conciliação é possível construir, a partir de um exercício positivo dos envolvidos no processo, soluções que sejam capazes de produzir efetividade e segurança, sem potencial de risco recorrente", afirmou.


O projeto


A audiência foi conduzida pelo deputado Alex Canziani (PTB-PR), que destacou a grande repercussão do tema no país e a necessidade de debater os PLs em que ele é relator. "Tenho um carinho muito especial pelo tema da mediação e pela maneira com que podemos resolver conflitos, que não sejam via judicial. Vejo que esse projeto tem um papel fundamental para que possamos melhorar as relações e fazer com que muitas demandas possam ser sanadas e resolvidas sem chegar ao Poder Judiciário. Por isso, contamos com sugestões para aperfeiçoar o projeto".


Para Adams, os Projetos de Lei na Câmara avançam de maneira fundamental em vários pontos, como por exemplo no modelo de conciliação por adesão, que, segundo ele, permite a adoção de soluções multiplicadoras. "É um avanço importante para permitir que o Estado brasileiro possa participar de maneira proativa, resolvendo os problemas e não os criando".


O ministro da AGU apontou, ainda, que, de acordo com os dados do CNJ, a conciliação representa, por estado, uma redução de custos de aproximadamente 30%. Para Adams, este processo tem um olhar diferenciado em relação a uma situação e o principal efeito é a expansão da perspectiva dos órgãos envolvidos. "Quando você é posto a negociar você dialoga com outras entidades, saindo de uma posição limitada, diferente do processo judicial. É no dialogo que surge a identificação das dificuldades, impasses e reais problemas que, muitas vezes, a própria ação judicial desconhece".


Também estiveram presentes na audiência pública, o ministro Luís Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça, Flávio Crocce Caetano, Secretário da Reforma do Judiciário no Ministério da Justiça, e representantes entidades da indústria, comércio e do sistema financeiro.


Histórico


Em outubro do ano passado, o Advogado-Geral da União também apresentou as considerações da AGU sobre mediação e arbitragem durante audiência pública realizada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal. Na ocasião, Adams destacou a relevância da conciliação para o avanço do setor público considerando elementos que ofereçam segurança e diminuam riscos ao processo conciliatório.

Palavras-chave: agu projetos de lei direito público

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