Acusados de matar diretor de presídio de SP são condenados a 29 anos de prisão

Segundo a denúncia do MP contra os acusados, o crime foi ordenado por integrantes da facção criminosa PCC e teria sido motivado por maus-tratos sofridos por presos no presídio

Fonte: G1

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Foram condenados a 29 anos de prisão em regime fechado dois acusados de envolvimento no assassinato do diretor-geral do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Mauá (Grande São Paulo) Wellington Rodrigues Segura. O crime ocorreu no dia 26 de janeiro de 2007. Segura foi atingido por 22 tiros. A defesa já entrou com recurso da decisão.


O júri popular de Adriano Nogueira Leite e Mauricio José de Santana começou quinta-feira (16) na Justiça de Mauá e terminou às 2h desta sexta.


Segundo a denúncia (acusação formal) do Ministério Público contra os oito acusados, o crime foi ordenado por integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e teria sido motivado por maus-tratos sofridos por presos no presídio. Segura era considerado um diretor 'linha dura' pela facção.


De acordo com as investigações da polícia, a reivindicação dos presos foi levada à liderança do PCC por Leite e Santana, detentos chamados de 'sintonia interna', que ocupavam posição de líderes do PCC no CDP.


O diretor conversava dentro de um carro, em frente à casa de uma funcionária do CDP, quando cinco homens em uma Parati preta se aproximaram. Ainda de acordo com a denúncia, três desses homens atiraram contra Segura e a funcionária. A mulher foi atingida por quatro disparos e sobreviveu.

 

CELULAR


O julgamento de outros três acusados de envolvimento no crime começou há dois meses. Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, o processo foi desmembrado e, por isso, Denis Humberto Magni, Fabio Aparecido de Almeida e Luciano Pereira enfrentaram o Tribunal do Júri no dia 21 de outubro.


O julgamento, porém, foi suspenso. Testemunhas e réus já tinham sido ouvidos quando, no intervalo da sessão, um ex-advogado dos acusados tentou entregar um celular para um dos réus.


Os réus estavam na carceragem do fórum, e os policiais perceberam a ação do ex-advogado. Segundo informações do TJ, os acusados jogaram o telefone no vaso sanitário e deram descarga, mas o aparelho foi encontrado.


O promotor do caso solicitou que o fato fosse incluído no processo. Porém, a inclusão de novos fatos só é permitida até três dias antes do julgamento, por isso ele foi adiado e deverá ocorrer no dia 17 de fevereiro de 2011. Os acusados permanecem presos.

Palavras-chave: Acusados; Assassinato; Diretor-Geral do CDP; Presídio; Condenação; PCC

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