Se planejar antecipadamente não é uma característica comum do brasileiro. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Banco Central, apenas 4 em cada 10 brasileiros se preparam preventivamente para a aposentadoria.

Com 59% dos brasileiros não se planejando para este momento (dados do BC), a advogada previdenciarista Rogéria Valentim se preocupa. “O ideal é começar a se preparar financeiramente para a velhice a partir do momento em que a pessoa passa a ter uma renda. Mas, caso isso não tenha sido feito, o importante é começar avaliando as contribuições passadas para organizar os passos futuros”, esclarece a advogada.

Este é o caso do professor Adail Oliveira, de 58 anos, que desde os 35 anos começou o seu planejamento previdenciário. “É preciso pensar no dia de amanhã, ter em mente o quanto queremos e precisamos receber na aposentadoria para contribuir o equivalente. Foi pensando nisso que procurei me planejar”, conta Adail.

Com mudanças previdenciárias, se precaver é sempre o melhor caminho. Para facilitar o planejamento estratégico, Rogéria ensina as três principais questões que devem direcionar o plano: quando, quanto e qual. “O primeiro passo é fazer a estimativa de quando o trabalhador poderá se aposentar, tendo em vista os anos de contribuição, o segundo passo é o cálculo para saber o valor mensal que irá receber e por fim conseguir avaliar qual tipo de aposentadoria é mais vantajosa”, explica. A partir desta organização, ainda faltando muitos anos para efetivamente se aposentar pelo INSS, o trabalhador poderá pensar em outros tipos de previdência e investimentos para completar sua renda a longo prazo.

Autora: Rogéria Valentim, advogada previdenciarista.