Universitários recusam conciliação com policiais militares

Eles são acusados de lesão corporal leve, resistência à prisão e perturbação da ordem pública

Fonte: TJMT

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Seis estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) acusados por três policiais militares de lesão corporal leve, resistência à prisão e perturbação da ordem pública não aceitaram a conciliação proposta durante audiência realizada no Juizado Especial Criminal de Cuiabá. A reunião ocorreu na manhã desta terça-feira (19).

 
Responsável pela audiência, o conciliador Samir Padilha aponta que foi proposta a prestação de serviço por cinco meses em uma instituição. Mas os estudantes não aceitaram e decidiram continuar o andamento judicial. A posição dos estudantes será encaminhada ao Ministério Público do Estado (MPE), que decidirá se o caso será levado adiante ou arquivado. Caso o MPE entenda que os estudantes cometeram os crimes, eles responderão a processo criminal.

 
Réu no processo e conselheiro de moradia da UFMT, o mestrando em Geociências C.K. justifica que ele e os outros cinco acusados não aceitaram o acordo por entenderem que são vítimas da Polícia, que atirou contra os estudantes durante um protesto pacífico no último dia 6. O grupo move outro processo contra a PM e Estado pelas agressões sofridas durante a ação policial. “Não vamos fazer acordo porque assumiríamos uma culpa que não é nossa. Somos vítimas, está tudo gravado”.

 
No dia 6 de março um grupo de alunos da UFMT protestava contra o fechamento de Casas de Estudantes Universitários (CEUs) e consequente redução do número de vagas de assistência estudantil ofertadas pela universidade. Durante o manifesto, a avenida Fernando Corrêa da Costa foi interditada e a PM acionada para controlar a situação. Na ação, policiais da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam) efetuaram disparos de tiros de borracha contra os estudantes.

 
Mais de 10 pessoas ficaram feridas, incluindo um pedreiro que passava pelo local e não tinha relação com a manifestação. Seis universitários foram presos e acusados de terem cometido os três crimes. Na ocasião foi lavrado na Central de Flagrantes um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e encaminhado para o Juizado.

Palavras-chave: Universitários Conciliação Policiais Militares Lesão Corporal Prestação de Serviço

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