Tribunal permite a Maluf não depor sobre contas

O ex-prefeito Paulo Maluf (PP) conseguiu uma liminar do presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), Álvaro Lazzarini, para não depor hoje na Promotoria da Cidadania sobre suas contas no exterior.

Fonte: Jornal O Globo

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SÃO PAULO. O ex-prefeito Paulo Maluf (PP) conseguiu uma liminar do presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), Álvaro Lazzarini, para não depor hoje na Promotoria da Cidadania sobre suas contas no exterior. Apesar dos documentos obtidos pelo Ministério Público, Maluf sempre negou a existência das contas. A Suíça atendeu a um pedido dos procuradores e dos promotores e enviou ao Brasil uma série de documentos, que estão em fase de tradução, demonstrando a existência de contas do ex-prefeito naquele país.

A liminar também beneficia seu filho Flávio Maluf e a nora, Jacqueline Maluf. Lazzarini alegou que as notificações demonstram que a investigação seria sobre as contas não declaradas por Maluf à Justiça Eleitoral no registro de sua candidatura a prefeito, em 2000.

? A ação é de improbidade administrativa, o desembargador foi induzido ao erro ? disse o promotor Sílvio Marques.

Em nota, Maluf festejou a decisão e atacou Marques acusando-o de ?produzir novamente falsas acusações contra o ex-prefeito de São Paulo?. A nota diz ainda que o ex-prefeito não precisaria ser ouvido sobre a campanha de 2000. ?Qual a necessidade de ouvir Paulo Maluf sobre a campanha de 2000, se suas contas foram aprovadas sem restrição pelo Tribunal Regional Eleitoral??.

Na verdade, a investigação da Promotoria da Cidadania trata da possível ligação, confirmada em depoimentos, do superfaturamento de obras públicas nas gestões de Maluf e de seu afilhado político Celso Pitta (PSL) com as contas que ambos tinham no exterior.

Segundo a investigação, o dinheiro saía dos cofres públicos para empreiteiras que pagavam a subempreiteiras em nome de laranjas por serviços não prestados. Com ajuda de doleiros, o dinheiro era enviado por meio de contas CC-5 ao exterior.

Ontem mesmo, o procurador-geral de São Paulo, Rodrigo Pinho, pediu à procuradora eleitoral Fátima Aparecida de Souza Borghi empenho para mudar a decisão de Lazzarini.

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