Tribunais deverão informar detalhes sobre ações na área de saúde

Os tribunais deverão fornecer informações detalhadas sobre o número e o perfil dos processos movidos por cidadão para ter acesso a remédios e tratamentos médicos

Fonte: CNJ

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) quer informações detalhadas sobre o número e o perfil dos processos movidos por cidadãos para ter acesso a remédios ou a tratamentos médicos. Para tanto, a Comissão de Acesso à Justiça e Cidadania do CNJ oficiará os tribunais de todo o País para que informem, ainda neste mês, as ações judiciais nessa área que estavam em tramitação até o fim do primeiro semestre de 2012.


A decisão de solicitar as informações foi tomada nesta quarta-feira (1/8) pelo Comitê Executivo do Fórum Nacional da Saúde. O órgão, que funciona sob a coordenação da Comissão de Acesso à Justiça e Cidadania, foi criado pelo Conselho em 2009 para estudar as melhores medidas a serem adotadas pelos tribunais para subsidiar os magistrados e demais operadores do Direito nas demandas que envolvem a assistência à saúde.

 
De acordo com Fernando Mattos, juiz auxiliar da presidência do CNJ e coordenador do Fórum, levantamentos preliminares apontavam a existência de até 200 mil ações ajuizadas em 2010 para requerer tratamentos ou procedimentos. Mas o número não é seguro.

 
No ofício, a Comissão de Acesso à Justiça e Cidadania, que é presidida pelo conselheiro Ney Freitas, irá requerer aos tribunais que alimentem o sistema eletrônico do CNJ. A ferramenta foi instituída por meio da Resolução 107, de abril de 2010, justamente para acompanhar os processos que envolvem a assistência à saúde.

 
“Esse sistema é importante para conhecermos com mais precisão as decisões judiciais, e assim prevenir os litígios. Essas informações também são importantes para orientar o Conselho Nacional de Justiça como órgão de planejamento estratégico do Poder Judiciário”, explicou Fernando Mattos.

 
Jornada - Na reunião desta quarta-feira, o Comitê Executivo do Fórum Nacional da Saúde decidiu também realizar uma jornada, possivelmente em outubro, para colher, entre os operadores do Direito, postulados que ajudem a delimitar as questões jurídicas ligadas ao sistema de saúde. Fernando Mattos explicou que essas orientações se assemelham a súmulas e visam a orientar a atuação dos magistrados que atuam na área. A aplicação, entretanto, não é obrigatória.

 
A decisão sobre a realização da jornada será apresentada aos coordenadores dos comitês estaduais do Fórum Nacional da Saúde, que irá ocorrer no próximo dia 22 de agosto, em Brasília.

Palavras-chave: Informações; Judiciário; Saúde pública; Medicamento; Tratamento médico

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1 Comentários

Airton Norato advogado03/08/2012 1:56 Responder

É uma vergonha o genocídio de um povo por falta e/ou má aplicação de medicamentos disponíveis no seculo XXI.

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