Suspensa decisão que impugnou reajuste tarifário praticado pela CPFL

O Procon de Campinas havia ajuizado ação civil pública alegando que o reajuste tarifário da CPFL seria quatro vezes maior que o índice da inflação e três vezes maior que o índice de expansão salarial, portanto, desproporcional

Fonte: STJ

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A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) restabeleceu o reajuste tarifário praticado pela Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) para o ano de 2009. O reajuste foi suspenso pelo juízo da 8ª Vara da Seção Judiciária de Campinas e a decisão mantida pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3). Para a unanimidade dos ministros, a simples correção monetária da tarifa pode não ser suficiente para os investimentos necessários à boa prestação do serviço público.


No caso, o Procon Campinas ajuizou contra a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a CPFL ação civil pública para impugnar os Índices de Reajuste Tarifário (IRT) da concessionária para o ano de 2009. Alegou, para isso, que os IRT são desproporcionais, uma vez que são quatro vezes maiores que o índice de inflação medido nos 12 meses anteriores e três vezes maiores que o índice de expansão salarial medido no mesmo período.


O juízo de primeiro grau suspendeu o reajuste tarifário praticado pela CPFL, desde 8 de abril de 2009, e determinou que, até prova em contrário, o reajuste possível de ser aplicado fosse somente o IGP-M/FGV do período, sob pena de multa diária de R$ 100 mil. O TRF3 manteve a sentença, entendendo que o interesse público estava devidamente preservado.


No STJ, a Aneel ajuizou pedido de suspensão de liminar, indeferido pela Presidência do STJ, que decidiu não haver grave lesão à ordem e à economia públicas. Inconformada, a agência reguladora agravou dessa decisão.


O presidente do STJ, ministro Ari Pargendler, reconsiderou a decisão. Segundo o ministro, reconhecida a competência do Poder Judiciário para intervir na fixação das tarifas do serviço público concedido, deve fazê-lo com a cautela devida e nos termos da estrita legalidade.


“A legalidade estrita recomenda que, até prova cabal em contrário, prevaleça a presunção de legitimidade do ato administrativo praticado pela Agência Nacional de Energia Elétrica. Presumida a legitimidade do ato impugnado, fica evidente que a tarifa deficitária comprometerá o serviço público e, consequentemente, a ordem administrativa”, afirmou o ministro Pargendler.


SLS 1266

Palavras-chave: CPFL; Tarifas; Reajuste; Liminar; Serviço Público

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