Sindisaúde aponta ao MPF/GO os principais problemas da saúde no Estado
Audiência na tarde desta quinta-feira, 26, discute as mazelas do SUS no Estado
O caos na saúde em Goiás mostra sinais claros. Ao menos, essa é a conclusão do levantamento realizado durante todo o ano passado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde (Sindisaúde) e apresentado na tarde desta quinta-feira, 26 de janeiro, ao procurador regional dos direitos do cidadão, Ailton Benedito.
As conclusões do sindicato convergem com as investigações do Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO): as unidades de saúde do SUS estão funcionando de forma extremamente precária, principalmente por causa de desabastecimento de insumos e medicamentos, equipamentos sucateados, falta de equipamentos de proteção individual, escassez de recursos humanos e insuficiência de leitos, inclusive de terapia intensiva (UTI).
Nesse aspecto, o déficit de leitos de UTI levou o MPF a processar a União, o Estado de Goiás e o Município de Goiânia, com o objetivo de assegurar à população goiana a quantidade de leitos necessários. Com efeito, entabulou-se acordo judicial que prevê a expansão da rede de terapia intensiva no SUS para 600 leitos, até o dia 30 de junho de 2012.
Outra linha de atuação do MPF é o fornecimento de medicamentos de alto custo pelo SUS. Estão em curso diversas atuações visando garantir a efetiva dispensação de medicamentos incorporados às listas de fornecimento, bem como o incremento das mesmas mediante novas incorporações.
O MPF requisitou ainda, no início deste mês, ao Departamento Nacional de Auditoria do SUS que realize auditorias técnicas, operacionais e financeiras nas unidades de saúde existentes nas estruturas administrativas do Estado de Goiás. Em resposta, o Departamento informou que já inseriu essas auditorias no calendário de 2012.