Saques e inflação após chuvas

Em meio ao caos provocado pelas chuvas no estado de Santa Catarina, a cidade de Itajaí, uma das mais atingidas pela tragédia, sofre também com saques.

Fonte: Veja Online

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Em meio ao caos provocado pelas chuvas no estado de Santa Catarina, a cidade de Itajaí, uma das mais atingidas pela tragédia, sofre também com saques. Segundo informou a assessoria de imprensa da Defesa Civil nesta quinta-feira, mantimentos que estavam em caminhões de socorro às vítimas foram furtados nos dois últimos dias, dificultando ainda mais a distribuição de alimentos na cidade. Agora, os veículos têm de ser escoltados para evitar mais saques.

Também há relatos de assaltos a lojas, casas e supermercados. E não apenas os produtos de primeira necessidade são o alvo: itens como TVs e cervejas foram levados das prateleiras de um grande supermercado. Ainda não há um balanço oficial sobre os saques.

Debaixo d'água - Apesar de as operações de resgate já terem sido concluídas e de a água ter baixado quase por completo no município, a situação ainda é descrita como "caótica" pela Defesa Civil e por moradores. O oceanógrafo Gian Francisco Shork, que vive em Balneário Camboriú e trabalha em Itajaí, não teve dificuldades para se deslocar de casa para o trabalho, mas confirma que a questão dos saque é grave. "Tem gente que não sai de casa com medo de ser roubado. E fica debaixo d?água", conta. Segundo ele, somente nesta quinta-feira a vida na cidade começa a voltar ao "normal".

Praticamente todo o fornecimento de água e luz já foi retomado no município e apenas alguns pontos das zonas rurais permanecem alagados. As principais vias de Itajaí, assim como os acessos ao município, estão liberados, embora alguns trechos apresentem problemas. O maior deles é na ponte do Nova Brasília, que liga as zonas Oeste e Norte da cidade: a construção teve a estrutura abalada e teve de ser interditada.

Foram registrados dois óbitos na cidade. Trinta e quatro abrigos para vítimas estão em funcionamento e já acolheram 20.000 pessoas. Outras 8.000 foram abrigadas por familiares. A Defesa Civil abriu um blog com as principais atualizações referentes à tragédia. Para acessá-lo, clique aqui.

Blumenau - Depois de mais uma noite com chuva intensa, dois novos deslizamentos de terra foram registrados em Blumenau, na manhã desta quinta-feira, e mais casas foram destruídas. A prefeitura do município ainda não precisou o número de imóveis atingidos. Ao contrário das outras cidades que foram castigadas pelas chuvas, Blumenau ainda não teve nenhum caso de saque em lojas e supermercados.

A cidade, porém, registra abuso de preços devido à escassez de suprimentos básicos: de acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, comerciantes locais estão superfaturando alguns produtos. Os blumenauenses chegaram a pagar 6 reais por um único pãozinho e até 4 reais para um litro de gasolina. O Procon da cidade orientou os consumidores a solicitarem a nota fiscal da compra, para posteriormente comprovar o abuso.

Os dados apurados até a manhã desta quinta-feira mostram que há mais de 25.000 pessoas desalojadas no município; dessas, 4.700 estão em abrigos ativados pela Defesa Civil. A cidade inteira está sem água potável. Hospitais e abrigos estão sendo abastecidas por meio de caminhões-pipa.

Segundo a prefeitura, dez locais estão isolados por conta da queda de barreiras. Nestas regiões, as pessoas estão ilhadas e o Exército está tentando resgatá-las com ajuda de helicópteros. Cerca de 75% da cidade possui energia elétrica e a previsão é que, até domingo, 95% dos moradores voltam a receber o serviço.

Palavras-chave: chuva

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