Réus da ação penal da Operação Monte Carlo recusam-se a falar à Justiça

O réu Cachoeira não respondeu às perguntas mais incisivas do juiz alegando que o processo tem falhas

Fonte: Agência Brasil

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Os sete réus da ação penal da Operação Monte Carlo interrogados nesta quarta-feira (25), em Goiânia, recusaram-se a falar sobre o esquema apontado pela Polífica Federal (PF) de exploração ilegal de jogos e corrupção no Centro-Oeste. O juiz Alderico Rocha decidiu encerrar a audiência no final da tarde, cerca de uma hora e meia depois do início dos depoimentos, lembrando que os réus tinham o direito de ficar calados.


Além de Carlinhos Cachoeira, apontado pelo Ministério Público como líder do esquema, foram ouvidos os réus L.A., W.G., G.F., I.M., J.O.Q.N. e R.Q.N.. G.P.S., acusado de ser o contador do grupo, não compareceu à audiência porque está foragido desde o dia 29 de fevereiro, quando a operação foi deflagrada.


Quarto réu interrogado, Cachoeira não respondeu às perguntas mais incisivas do juiz alegando que o processo tem falhas, mas aproveitou a ocasião para fazer declarações de amor à esposa, Andressa Mendonça. Seu silêncio contradisse ele próprio já que havia afirmado, em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, no Congresso Nacional, que não falaria aos parlamentares porque só iria fazê-lo em depoimento à Justiça.


W.G., ex-vereador e suposto braço político do esquema, também disse que o processo tem falhas e que a citação a ele se refere a um homônimo. G.F., único réu preso além de Cachoeira e apontado como assistente do empresário, chorou. L.A., o primeiro interrogado, disse que é primo de Cachoeira e negou envolvimento no grupo.


O processo da Operação Monte Carlo, que corre na Justiça Federal em Goiânia, tem mais de 80 réus, mas foi desmembrado em duas partes para agilizar a tramitação em relação às pessoas que tinham recebido ordem de prisão, oito no total. Hoje, só Cachoeira e G.F. estão presos.


Logo após a sessão, os representantes do Ministério Público disseram que o silêncio dos réus já era esperado. “O fato de eles terem ficado calados não influencia nas provas que já estão nos autos", disse a procuradora Léa Batista.


O juiz Alderico Rocha informou que será aberto um prazo de três dias para que os réus peçam novas provas no processo – o Ministério Público já informou que não precisa de mais diligências. O juiz analisará se o pedido da defesa dos réus procede, determinando providências se for o caso.

Palavras-chave: Depoimentos; Operação monte carlo; Investigação; Recusa

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1 Comentários

JOSE ANTONIO VOLTARELLI advogado26/07/2012 21:10 Responder

Espero que seja feita justiça com a condenção dos culpados, mas estou em dúvida, pois, já foi solto um dos ameaçadores via internet da Juiza, pois, se ficou comprovado as ameaças, este individuo não deveria ter alvará de soltura. Pergunto a todos, existem algum político preso. A decisão do Mensalão vai ser a mesma ~\\\"ladinha de sempre\\\", não existem provas suficientes para o decreto condenatório. Com o caso CACHOEIRA não vai ser diferente. Existem muitos políticos influentes envolvidos nessa operação, tanto é que o LULA procurou o Ministro GILMAR MENDES para um acerto, sem contar com os votos favoráveis aos réus do Ministro FUX, indicado pelo PT as suas decisões já comprovam tudo. Estranho também foi a decisão do Ministro TOURINHO ao decretar a soltura de um dos comparsas do CACHOEIRA, fundamentou sua decisão de que as escutas eram ilícitas. Infelismente, no BRASIL só vai para cadeia POBRE.

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