Relator defende voto aberto em todas as deliberações legislativas

Além das votações para a cassação de mandatos parlamentares, deixariam de ser secretas as votações nas comissões e no Plenário do Senado

Fonte: Senado Federal

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A PEC do Voto Aberto está pronta para ser reexaminada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), com parecer do senador Sérgio Souza (PMDB-PR) sobre as emendas oferecidas em Plenário na semana passada. O relator manteve a posição apresentada na mesma comissão, em setembro último, quando acolheu a proposta de fim do voto secreto em todas as deliberações parlamentares.


Assim, além das votações para a cassação de mandatos parlamentares, deixariam de ser secretas as votações nas comissões e no Plenário do Senado para a indicação de chefes de missão diplomática, magistrados, ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), presidente e diretores do Banco Central e procurador-geral da República.


Do mesmo modo passaria a ser aberta a apreciação de vetos presidenciais.


De autoria do ex-deputado e ex-governador de São Paulo, Luiz Antônio Fleury, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 43/2013,  estende o voto aberto amplo nas manifestações do Congresso Nacional a todas as casas legislativas, como assembleias estaduais e câmaras de vereadores.


Sergio Souza deu parecer contrário às emendas de números 1 a 3, dos senadores Lobão Filho (PMDB-MA), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e Romero Jucá (PMDB-RR), respectivamente, que mantêm o voto secreto nos casos de indicação de autoridades e apreciação de vetos presidenciais.


O relator refuta a adoção do voto secreto para proteger o parlamentar das alegadas pressões de poder político e administrativo, como do Executivo, ou ainda, nos processos de cassação de mandato, até mesmo de um colega parlamentar. Além disso, rebate a justificativa de que seria uma medida preventiva contra futuras e hipotéticas retaliações.


Sérgio Souza argumenta, em seu relatório, que a realidade do Brasil mudou com a revolução tecnológica que tem gerado efeitos em todos os setores, incluindo a política e o funcionamento das diversas instituições estatais.  Para ele, todas as pressões contra a independência e a autonomia do parlamentar podem ser compensadas pela “vigilância dos cidadãos”.

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