Reflexo do protesto: Instituto Royal afirma: 'ativistas é que maltrataram animais'

Em manifestação, bióloga Silvia Ortiz, gerente-geral do instituto, disse que ação provocou estresse nos bichos

Fonte: Zero Hora

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"Os ativistas disseram que retiraram os animais do Instituto Royal por causa de supostos maus-tratos, mas quem cometeu maus-tratos com os cães foram eles." Essa foi a reação dos coordenadores do instituto nesta quinta-feira, 24, no primeiro dia em que resolveram vir a público e atender aos pedidos de entrevista desde a invasão, na sexta-feira passada, que culminou com o roubo de 178 cães da raça Beagle.


A declaração acima é da bióloga Silvia Ortiz, gerente-geral do Royal. Segundo ela, se algo causou estresse aos animais foi a "arruaça" promovida durante a invasão. "A quantidade de fezes e de urina que os ativistas relataram lá dentro.... Você imagina que todos os animais estavam dormindo em uma condição de temperatura, iluminação e umidade controladas. De repente entram 150 pessoas fazendo aquela arruaça, aos gritos. ê claro que eles urinaram e defecaram. Os animais ficaram estressados."


— Mostraram animais tremendo na TV, mas eles não estão acostumados com isso. Nem sequer estão acostumados a ir para o colo. O que as pessoas não entendem é que eles não são pets. Os ativistas dizem que agora eles estão em casa, em uma caminha quente, com uma comidinha. Eles não estão acostumados a comer comidinha! Eles comem ração. Vai dar diarreia nesses animais. Muitos podem não estar nem conseguindo comer — alertou.


Silvia deu entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo ao lado do diretor científico do Royal, João Antônio Pegas Henriques. Eles negaram repetidas vezes que houvesse qualquer tipo de maus-tratos aos animais ou que fosse feito no laboratório teste de cosmético nos cães.


— Nós testamos cosméticos, mas só em células, in vitro. Nunca em animais. E nem é lá, mas na unidade de Porto Alegre — explica Henriques.


Sobre a alegação feita pela apresentadora Luisa Mell, que estava na invasão, de que havia ao menos um animal com a pata quebrada e outros com cicatrizes e tumores, Silvia rebateu:


— A pessoa fala que a cadela estava com calombos, gorda. Mas ela estava prenha! Ela não sabe apalpar e sentir que é um feto. Não tem cicatriz nenhuma. Mostraram um animal sem olho dizendo que era do Royal e depois desmentiram. Também não tem pata quebrada, a não ser que algum animal tenha sido quebrado na retirada — diz.


Eles ainda não estimaram os prejuízos financeiros e científicos, mas dizem que "não deve ser pouca coisa". Segundo Henriques, microscópios avaliados entre R$ 80 mil e R$ 100 mil foram quebrados e equipamentos de laboratório, computadores e materiais de testes, levados.


— Além de perdermos as pesquisas que estavam em andamento para drogas anticâncer, diabete, hipertensão, epilepsia, de antibióticos e anti-inflamatórios, ainda desperdiçamos toda a pesquisa para a padronização genética dos cães usados. Foram dez anos para que eles chegassem aos níveis de padrão internacional para testes de fármacos — afirma Henriques.


Segundo ele, testes do laboratório levaram à aprovação de uma droga antimalária da Fiocruz e de mais outros três medicamentos que estão no mercado. Ele não quis informar, no entanto, quais são os produtos nem de quais farmacêuticas,


Boas práticas

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4 Comentários

Nazaré Pinho Advogada26/10/2013 0:17 Responder

Só queria saber... Qual os salários desses funcionários do Instituto? Poderiam divilgar? ou td é em off tb?

Luiz Sergio advogado 28/10/2013 13:08

O Nazaré, cai na real. O que tem a ver salário do cientista e diretores do Instituto com a questão em si. desejo que sejam bem altos os salários, por que senão vão para o exterior, ganhando muito bem, para desenvolver medicamentos que depois vamos pagar caríssimos por deterem a patente

Advogado Luiz Carlos MAttos Advogado27/10/2013 13:48 Responder

OQUE TEM A VER OS SALÁRIOS DOS FUNCIONÁRIOS DO INSTITUTO COM O PROBLEMA EM QUESTÃO?

Advogado Luiz Carlos MAttos Advogado27/10/2013 13:51 Responder

COMO DIABÉTICO QUE SOU EU TROCARIA A VIDA DE DEZENAS DE ANIMAIS DE LABORATÓRIO POR UM MEDICAMENTO REALMENTE EFICAZ QUE ME CURASSE. ISTO NÃO QUER DIZER QUE SEJA A FAVOR DE MAUS TRATOS PARA COM OS ANIMAIS. E OS RATOS E COBAIS USADAS NOS LABORATÓRIOS. NINGUÉM DIZ NADA?

NATHANAELA HONÓRIO sua profiss?o28/10/2013 14:17 Responder

Ainda estão sendo estudados os níveis de dor que um ou outro animal sente. Ninguém sabe se a barata sente menos dor que o rato e este, por sua vez, que o beagle. Mas sabe-se que a limiar, no que tange a este referencial, é diferente em um animal e noutro. A partir dessa informação, entendo que todo animal sente dor sim, só não se sabe se é tanto muito ou pouco a ponto de poder ser desprezado. O fato é que, se o animal não sofre - em tese - dor durante o experimento, ele, ao menos, corre esse risco e, sabemos que ninguém pode garantir a possibilidade de um ou outro procedimento ser indolor. Minha dentista, por exemplo, bastante conceituada, testa paulatinamente - a medida certa e necessária de anestesia que pode garantir o procedimento indolor. Mas, ressalto, apesar de ser desnecessário, que eu sei falar, me expressar, de modo que posso informar quando sinto ou não dor. Os animais não têm como expressar tal sentimento, de forma civilizada. Ademais, profissionais da área de zoologia, medicina veterinária e a própria biologia pode atestar que todas as demais espécies possuem DNA, metabolismo diferente do nosso. Prova disso, é que um macaco não pode engravidar uma mulher, ainda que venha a copular com esta. Então, que sentido faz testar insumos medicamentosos em animais com o intuito de proteger o ser humano? Minha busca, diante deste comentário, não é convencê-los com argumentos jurídicos, mas lógicos, de que os experimentos em animais é complexo e problemático. Laboratórios avançados, não utilizam animais para experimentos que submetam os animais à agentes químicos, isso é pré-histórico. Para finalizar, Sofrimento é uma consequência de ordem psicológica. Dor é uma consequência de ordem física. A consciência, neste contexto, é uma agravante em ambas situações. Já que, em se tratando de reações - em alguns seres vivos, acredito eu - tem caráter psicometabólico. Ao contrário de como pensa a bióloga Ortiz, os Beagles são animais domésticos! Não importa se lá, no laboratório dela, são tratados ou não como tais. Os animais domésticos (cães como Beagles), têm consciência e isso é cientificamente comprovado!

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