Promotora acusada no mensalão do DEM é presa tentando fugir
Ela é investigada por suspeita de tráfico de influência na operação Caixa de Pandora de 2009, que apura esquema de coleta e distribuição de propina na capital federal
A promotora Deborah Guerner foi presa pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira em Brasília.
Segundo informou a PF, Deborah e o marido, o empresário Jorge Guerner, foram presos em casa.
A Folha apurou que os dois planejavam fugir para a Itália.
A promotora vai ser levada para a Superintendência da PF em Brasília e o marido deve seguir para penitenciária da Papuda.
OUTRO LADO
O advogado do casal Guerner, Paulo Sérgio Leite Fernandes, disse que as informações de que o casal pretendia deixar o Brasil "são absolutamente falsas".
Ele afirmou que Deborah e Jorge acabara de regressar da Itália, o que seria uma evidência de que não pretendiam sair do país com a intenção de fugir das autoridades brasileiras. Eles viajaram no último dia 9 para Milão e retornaram no dia 15.
Fernandes também negou que o casal precisasse obter autorização judicial para a viagem à Itália.
O advogado disse que ainda não teve acesso à decisão do TRF (Tribunal Regional Federal) da 1 ª Região (Brasília) e ao pedido de prisão feito pela Procuradoria Regional da República da 1ª Região.
No último dia 12, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ayres Britto havia negado um pedido de habeas corpus preventivo impetrado pelo advogado. O ministro considerou que não havia elementos suficientes para concluir que o Ministério Público estava prestes a pedir a prisão do casal.
Os advogados dos Guerner haviam impetrado o HC em fevereiro último. Agora eles vão recorrer da ordem de prisão.
ENTENDA O CASO
Deborah Guerner e o ex-chefe do Ministério Público do DF Leonardo Bandarra são suspeitos de passar informações privilegiadas a integrantes do antigo governo do Distrito Federal e de terem extorquido o ex-governador José Roberto Arruda, investigado por ser o suposto chefe do esquema de corrupção.
No começo do ano passado, Arruda foi preso e perdeu o cargo depois que as denúncias vieram a público.
Em dezembro, ela e Bandarra foram afastados por 120 dias pelo CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público). O afastamento terminou na semana passada.
Eles respondem a processo administrativo no conselho. No começo do mês, Luiz Moreira, que é relator do caso no CNMP, pediu a demissão deles.
Na avaliação do relator, eles devem ser demitidos por "violação do sigilo profissional com a solicitação e obtenção de recompensa" e a "exigência de pecúnia".
O julgamento foi paralisado por um pedido de vista do conselheiro Achiles Siquara e deve ser retomado no dia 17 de maio.
O CNMP não tem poderes para demitir os acusados. O pedido será encaminhado para a Procuradoria-Geral da República, que poderá entrar com ação na Justiça para demiti-los.
Durante a sessão, Deborah Guerner criticou aos gritos a apuração.
"Onde estão os políticos? Cadê a denúncia do mensalão do DEM", gritou, de forma audível a quem estava do lado de fora da sala em que a sessão ocorria.
Antes de deixar o conselho, Deborah disse que não havia nada contra ela. "Tudo é baseado na palavra de dois bandidos."
Os advogados dos acusados dizem que os depoimentos não foram contemplados na íntegra pelo relator. Eles também negam ter recebido propina do esquema.
Ricardo Analista de Sistemas20/04/2011 17:58
Quero ver a prisão dos grandes!
Márcio Luiz dos Reis Advogado21/04/2011 12:53
A casa caiu! Tardíamente, porém em tempo, cremos que ainda há justiça nesse país. Em que pese a Carta Política pátria assegurar igualdade entre seus subalternos, vivenciamos uma desigualdade infindável. Somente os fracos, eram oprimidos e levados ao cárcere, à humilhação, à segregação, etc. Finalmente, podemos aplaudir a côrte de justiça por levar à prisão, notáveis e endinheirados, que, se achando acima do bem e do mal, não medem seus meios para se atingir os fins. A ora \\\"interditada\\\" Dra. Promotora, quando sorrateiramente solapava o dinheiro alheio, não portava nenhuma anomalia médico psiquica, todavia, presa sob a acusação de roubo - segundo Revista semanal com circulação nacional e imagens de televisão amplamente divulgadas, premedita loucura. Ora, salvo entendimento contrário, louco e seus derivados, ao que se sabe, rasgam dinheiro e, in casu, ocorreu exatamente o contrário, não é verdade? A \\\"Dra.\\\" promotora, seu comparsa consorte e seu par \\\"Dr.\\\" Leonardo Bandarra, dão exemplos inconcussos de rapinagem, e, por suas condutas, devem sofrer os castigos da Lei dos mortais, afinal, todos somos iguais perante a Lei e, por assim ser, devem submeterem-se ao crivo de seus atos criminais. Demais disso, sua entidade ministerial, não pode ser manchada por atos inescrupulosos, quando suas prerrogativas constitucionais determinan-lhes exatidaõ e lealdade para com a sociedade - Promotores de Justiça! Esses são parte dos GRANDES Sr. Ricardo Parabéns à Justiça.
tarcísio professor26/04/2011 19:04
O analista de sistema tudo bem, pois, é um tanto leigo, mas, um advogado condenar e escrever este monte de clichês idiotas antes do trânsito em julgado é um descalabro.