Procuradores não se intimidam com ingerência política, alerta entidade
Em nota, Associação dos Procuradores da República manifesta “irrestrito apoio” a Janot e à força-tarefa da Lava Jato
Em meio à ofensiva de deputados e senadores que têm criticado a atuação do Ministério Público Federal, os procuradores alertam que “ingerência política” não os intimida. Em nota, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), mais importante e influente entidade de classe dos procuradores federais, manifestou neste domingo, 8, “irrestrito apoio” ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
O chefe do Ministério Público Federal conduz a fase mais aguda da Operação Lava Jato, a que envolve políticos no escândalo de corrupção e propinas na Petrobrás. O texto divulgado pela entidade de classe destaca que os colegas que integram a força tarefa da Lava Jato estão dedicados à apuração do caso.
“É atribuição inalienável dos procuradores da República a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais”, assinala a nota, subscrita por Alexandre Camanho de Assis, procurador-regional da República e presidente da ANPR.
“O procurador-geral e demais colegas, no curso da Lava Jato, vêm apenas primando, com disciplina, sobriedade e esmero, a honrar tais compromissos, sem se deixarem intimidar ou influenciar por qualquer ingerência política”, observa Camanho.
“A ANPR afiança a competência e seriedade com que todas as ações referentes à Lava Jato estão sendo executadas”, diz o texto.
A entidade “assegura à população, firmemente atenta aos desdobramentos do caso, que os procuradores da República estão seguindo com denodo o quanto estabelecem as leis brasileiras, visando tão somente ao seu cumprimento e à proteção do patrimônio público e da probidade administrativa”.
LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PROCURADORES DA REPÚBLICA
“A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) vem a público manifestar irrestrito apoio ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na condução das investigações da Operação Lava Jato, bem como aos demais membros do Ministério Público Federal devotados à apuração do caso.
É atribuição inalienável dos procuradores da República a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais. O procurador-geral e demais colegas, no curso da Lava Jato, vêm apenas primando, com disciplina, sobriedade e esmero, a honrar tais compromissos, sem se deixarem intimidar ou influenciar por qualquer ingerência política.