Presos que não integram facções criminosas ficarão em alas separadas
Objetivo é garantir integridade física e moral dos presidiários
Presidiários que não querem fazer parte de facções criminosas vão ser colocados em alas separadas no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. De acordo com a Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), a prioridade é separar a partir de agora pelo menos uma ala dentro de cada unidade prisional.
O objetivo é aumentar o remanejamento dos presos e separar aqueles que não fazem ou não querem fazer parte de facção criminosa dentro do complexo penitenciário. "Nossa pretensão é levar à massa carcerária o dever do Estado de garantir sua integridade física e moral e, ao mesmo tempo, fazer o preso saber que ele tem terceira alternativa em sua via intracárcere", afirmou o secretário de Justiça e Administração Penitenciária, Sebastião Uchoa.
A Sejap também informou que a Polícia Militar não vai ser retirada de Pedrinhas enquanto os presídios não voltarem à normalidade, e que as revistas nos pavilhões serão cada vez mais frequentes, para evitar a entrada de armas, drogas e celulares dentro das celas.
Desde a última segunda-feira (13), entre 100 e 150 detentos deram início a uma greve de fome coletiva para reivindicar a saída da Polícia Militar de dentro dos presídios. De acordo com o Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Estado do Maranhão (Sindspem), o protesto ocorre em três pavilhões da CCPJ de Pedrinhas, e teve início com a visita da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal ao Complexo de Pedrinhas.
Nessa terça-feira, a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) afirmou que uma comitiva fará visita aos detentos. A comitiva será formada por outras entidades, entre as quais a Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH), e tem como objetivo intermediar o diálogo com o governo do estado.