Presidente do CNJ decide tornar aberto trabalho de corregedorias locais

A partir de agora, o monitoramento do andamento dos processos administrativos contra juízes não será mais atribuição exclusiva da corregedoria-geral, mas também da presidência do CNJ

Fonte: Agência Brasil

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Brasília – Depois do conflito instalado no Judiciário sobre o papel correicional do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o presidente do órgão, Cezar Peluso, decidiu escancarar o trabalho das corregedorias locais. A partir de agora, o monitoramento do andamento dos processos administrativos contra juízes não será mais atribuição exclusiva da corregedoria-geral, mas também da presidência do CNJ.


A ideia é que até a população atue como fiscal, já que os dados também serão disponibilizados no site do órgão dentro de 15 dias. A assessoria de Peluso ainda não informou como esses dados serão disponibilizados, nem se haverá restrições à divulgação dos nomes de juízes investigados.


A alteração no procedimento foi divulgada ontem (10) por Peluso após reunião com 15 corregedores dos 27 tribunais do país, na sede do CNJ. Segundo a assessoria do Supremo Tribunal Federal, corte presidida por Peluso, a intenção é dar mais transparência ao trabalho de fiscalização realizado pelos tribunais nos estados. Os dados serão atualizados mensalmente.


A corregedoria-geral é ocupada atualmente pela ministra Eliana Calmon, que provocou polêmica ao dizer que o Judiciário tem “bandidos escondidos atrás da toga”. Ela fez a declaração quando se aproximava o julgamento, no STF, de uma ação em que a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) tentava limitar o poder correicional do CNJ. Para a AMB, o CNJ só pode punir depois que as corregedorias locais já tiverem atuado.


O CNJ reagiu às declarações da corregedora com uma nota de repúdio lida por Peluso e, a partir de então, o presidente do órgão vem sendo acusado de corporativismo. Em entrevistas recentes, Peluso defendeu-se dizendo que não pretende deixar juízes criminosos impunes. Seu objetivo seria apenas não deixar o CNJ carregado de processos e as corregedorias locais inoperantes. Peluso defendeu, ainda, que o CNJ deve focar sua ação no acompanhamento das falhas das corregedorias locais e não em problemas que envolvessem juízes caso a caso.


De acordo com o STF, os corregedores solicitaram a audiência com Peluso para declarar apoio incondicional às ações do CNJ . “Os juízes demonstraram com dados que têm atendido a todas as determinações da corregedoria nacional quando lhes são encaminhadas denúncias e que os prazos fixados são rigorosamente observados pelas corregedorias dos estados”, disse Peluso após o encontro.


     

Palavras-chave: CNJ; Monitoramento; Processos; Abertura; Corregedoria; Polêmica

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2 Comentários

Carlos Professor12/10/2011 3:28 Responder

Esse procedimento PROVA que no BRAZIL (com Z) é só fazer uma \\\"PRESSÃO\\\" que vai. Assim, fica institucionalizado os ONSELHOS ESTADUAIS DE JUSTIÇA onde... tudo ou nada vai mudar. LAMENTÁVEL. A ministra ELIANA CALMON afirmou uma verdade ou seria a única classe que só tem ANJOS ? A imprensa TEM MOSTRADO isso. A AMB na verdade defendeu o corporativismo. Ahhhhh. MÁRCIA MOURA \\\"in POR DEBAIXO DA TOGA\\\"

Luis Marques Analista de |Sistema12/10/2011 6:56 Responder

Esse Sr. Peluzzo (STF e CNJ), sempre foi a favor do corporativismo desses funcionarios publicos (magistrados). Sempre e sempre ele é \\\"turrão\\\" quando os conselheiros do CNJ indaga para o mesmo, que é processo administrativo contra magistrados, ele se diz: ARQUIVA ISSO AÍ!!!. E não é de uma hora para outra que o mesmo \\\"vai mudar de postura\\\". Eu acredito (s.m.j.), que essa dita reunião, É SÓ PARA INGLES VER !

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