Políticos querem cotas para empregar parentes

Um dia depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) proibir a prática do nepotismo nos três poderes, alguns parlamentares cogitaram nesta quinta-feira criar um sistema de cotas para poder contratar parentes.

Fonte: Veja Online

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Um dia depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) proibir a prática do nepotismo nos três poderes, alguns parlamentares cogitaram nesta quinta-feira criar um sistema de cotas para poder contratar parentes. A idéia de ?flexibilização? teria sido inspirada no sistema de cotas para ingresso de negros em universidades.

O texto da súmula vinculante, que deve ser seguida por todos os órgãos públicos, foi aprovado nesta quinta-feira. De acordo com o documento, integrantes do Executivo, Legislativo e do Judiciário ? no âmbito da União, estados e municípios ? não poderão contratar parentes de autoridades e servidores públicos para cargos de chefia e assessoria. A medida atinge até os familiares de terceiro grau dos políticos, e impede também o chamado nepotismo cruzado, que ocorre quando um agente público contrata parentes de outro a fim de empregar seus próprios familiares no gabinete do colega. A Corte liberou, entretanto, o nepotismo para cargos de caráter político, como ministros e secretários.

Inspirados no sistema de cotas para o ingresso de negros em universidades, políticos defendem que o Congresso aprove uma lei abrindo brechas na regra. "Já estão falando por aqui em criar cota para parentes", disse à Reuters o senador Heráclito Fortes (DEM-PI).

Apesar de o tema sempre encontrar resistência no Legislativo, alguns deputados e senadores disseram apoiar a decisão do STF, mas reclamaram de eventuais excessos. O deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) entendeu que Supremo não proibiu o nepotismo, apenas orientou os entes públicos a esse respeito. "O STF apenas deu a entender que os poderes podem se pronunciar a respeito. O que ficou claro pra mim é que o Congresso tem de se posicionar", disse o deputado. Ele defende um sistema menos rigoroso, especialmente em municípios pequenos, onde ?todo mundo é parente de todo mundo?.

Já o senador Renato Casagrande (PSDB- ES) teme a abertura de uma brecha na decisão. "As exceções podem se transformar em regra. Mesmo que o Supremo tenha sido muito abrangente, é o caso de respeitar a decisão, não abrir brechas", afirmou o senador. O presidente do Senador, Garibaldi Alves (PMDB-RN), iria esperar a edição da súmula para definir como proceder. Já o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que enviará a súmula aos 512 gabinetes da Casa.

Palavras-chave: nepotismo

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3 Comentários

Jurandy França Advogado21/08/2008 21:11 Responder

Este Deputado baiano, José Carlos Aleluia, ou é um grande brincalhão ou menospreza a intelig6encia do eleitorado brasileiro. Se ele diz que em municípios pequenos todo mundo é parente de todo mundo, porque será que uns vivem no luxo e outros no lixo? Parece um quadro de humor do velho Chico Anisio: "o primo pobre e o primo rico". O que estes "representantes do povo"não fazem para justificar seus atos de desrespeito para com os cidadãos.

Jurandy França Advogado21/08/2008 21:12 Responder

Este Deputado baiano, José Carlos Aleluia, ou é um grande brincalhão ou menospreza a intelig6encia do eleitorado brasileiro. Se ele diz que em municípios pequenos todo mundo é parente de todo mundo, porque será que uns vivem no luxo e outros no lixo? Parece um quadro de humor do velho Chico Anisio: "o primo pobre e o primo rico". O que estes "representantes do povo"não fazem para justificar seus atos de desrespeito para com os cidadãos.

Esther Silva Advogada22/08/2008 14:23 Responder

As três últimas palavras da súmula são:... viola a Constituição Federal.”, Senhor Deputado NO PORTUGUÊS CLARO SIGNIFICA: NÃO PODE, NÃO DEVE, É PROÍBIDO . Esther.

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