Polícia Federal investiga possível fraude em contrato de R$ 6 bilhões na Casa da Moeda

A Operação Esfinge tem como objetivo de desarticular uma quadrilha que praticou fraudes em licitações, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro, no Rio de Janeiro.

Fonte: Valor.com.br

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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira a Operação Esfinge, com o objetivo de desarticular uma quadrilha que praticou fraudes em licitações, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro, no Rio de Janeiro. A ação está sendo realizada em conjunto com o Ministério da Fazenda e o Ministério Público Federal.


São investigadas fraudes em contratos que movimentaram mais de R$ 6 bilhões, incluindo uma licitação da Casa da Moeda. Segundo a PF, estima-se que, em propinas, o grupo movimentou cerca de R$ 70 milhões.


Cerca de 30 policiais federais e 12 servidores da Corregedoria Geral do Ministério da Fazenda cumprem, em São Paulo e Brasília, 2 mandados de prisão preventiva e 5 mandados de busca e apreensão, em escritórios e residências dos integrantes do grupo criminoso. Os mandados foram expedidos pela 8ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.


A PF informa que um dos alvos da Operação é um escritório de consultoria. Ele recebeu cerca de R$ 70 milhões de uma empresa investigada por fraude à licitação na Casa da Moeda. As investigações apontam que esse escritório recebeu o valor sem prestar os serviços contratados. Além disso, teria servido de fachada para intermediar o pagamento de propina aos envolvidos no esquema.


Também foi investigada, por suspeita de fraude, uma licitação da Casa da Moeda. O faturamento desse contrato, nos últimos seis anos, ultrapassou a cifra de R$ 6 bilhões. O objeto contratado era o Sistema de Controle da Produção de Bebida (Sicobe). Este tem por previsão a instalação de equipamentos contadores de produção, nas linhas de produção de bebidas frias (cervejas, refrigerantes, sucos, águas minerais e outras). O sistema também realiza o controle, registro, gravação e transmissão dos quantitativos, e os remete à Receita Federal, para fins de tributação.


As prisões preventivas foram decretadas em desfavor de um auditor fiscal da Receita Federal e de sua mulher, que foram indiciados e denunciados por crimes de corrupção ativa e passiva.


A Operação Esfinge é um desdobramento da Operação Vícios da PF, que no ano passado cumpriu mandados de busca em 23 endereços ligados aos investigados, incluindo gabinetes do edifício sede da Receita Federal, em Brasília, e na Casa da Moeda.

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