PFL pode expulsar deputado que votou salário mínimo de R$ 260
A decisão será tomada no próximo dia 5 de agosto.
A Executiva Nacional do PFL poderá expulsar o deputado Lael Varella (MG), que votou duas vezes a favor do salário mínimo de R$ 260, contrariando orientação do partido em defesa do valor de R$ 275. A decisão será tomada no próximo dia 5 de agosto.
O partido também decidirá qual punição será adotada contra os demais deputados --Clóvis Fecury (MA) e Cleuber Carneiro (MG)-- que votaram contra a orientação pefelista.
O relator do processo, senador Demóstenes Torres (GO), apresentou o seu parecer na reunião de hoje da Executiva, recomendando a expulsão de Varella. O parecer de Torres só não foi votado hoje porque não havia quórum na Executiva para deliberação.
Varella disse que não teme expulsão, porque votou com coerência com seu passado e de acordo com suas convicções. "Se no passado o partido dizia que o governo não tinha como reajustar mais o mínimo, agora tenho de ser coerente. O partido deve respeitar minha posição, porque tenho cinco mandatos e nunca votei contra o PFL", afirmou.
Quanto ao deputados Cleuber Carneiro (MG), que estava ausente ontem, mas votou com o governo na primeira votação do salário mínimo, em 2 de junho, Torres sugeriu uma advertência como punição.
Já no caso de Clóvis Fecury (MA), que ontem votou pela primeira vez contra a orientação do PFL, a Executiva deu um prazo de oito dias para que ele apresente sua defesa. No dia 2 de junho, Fecury estava ausente