Petróleo bate mais um recorde lá fora e Palocci sinaliza com novo reajuste de combustíveis aqui

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, defendeu a decisão da Petrobras de reajustar os preços dos combustíveis (de 4% para a gasolina nas refinarias) e acenou com a possibilidade de um novo aumento, mas sem fazer previsão de quando isso poderia ocorrer.

Fonte: O Globo

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BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, defendeu a decisão da Petrobras de reajustar os preços dos combustíveis (de 4% para a gasolina nas refinarias) e acenou com a possibilidade de um novo aumento, mas sem fazer previsão de quando isso poderia ocorrer. O ministro disse que todos os países do mundo devem estar fazendo algum nível de ajuste por conta da alta dos preços do petróleo no mercado internacional. Esta manhã, o barril negociado em Nova York alcançou seu maior preço em 21 anos.

- Todos os países do mundo devem estar fazendo algum nível de ajuste. Ainda há muita incerteza sobre o futuro dos preços do petróleo, mas é certo que num período razoável eles vão ficar acima da média dos últimos anos. Acho que a atitude da Petrobras é correta, mas não sei quais elementos a diretoria utilizou para chegar a esse índice. Muito provavelmente a Petrobras fez um nível de ajuste, talvez não todo o ajuste que ela imagina fazer ao longo do período. Outros países também não estão acompanhando totalmente os preços. Não estão claros todos os elementos que estão pressionando o preço do petróleo - afirmou Palocci.

Ainda segundo ele, é muito arriscado fazer previsões sobre o petróleo. Indagado sobre o impacto dos preços do petróleo no mercado mundial e brasileiro, Palocci disse que é possível, se o preço do petróleo continuar elevado, que se tenha mudanças de preços relativos na economia e alguma influência no nível de crescimento mundial no médio prazo. Palocci acha também que no curto prazo não haverá reversão rápida nos preços do petróleo, mas lembrou que historicamente quanto aumenta a demanda por petróleo aumentam também o investimento e a extração do produto, tendendo à acomodação no médio prazo.

- Preços altos do petróleo não são bons para a economia mundial - afirmou.

O ministro descartou motivação eleitoral na demora da estatal em anunciar o ajuste de preços.

- Sempre que o governo e a empresa tomam uma decisão correta na hora correta isso contribui para um Brasil melhor. Não há qualquer interferência no processo eleitoral. O governo tem demonstrado que toma todas as medidas necessárias no momento necessário independentemente de processo eleitoral. Esse governo não fará isso jamais - afirmou.

O ministro prevê que o aumento de preços não terá impacto na inflação porque nas análises feitas por especialistas já era considerada a possibilidade de aumento.

- A Petrobras não tem a intenção de controlar inflação. Essa é atribuição do Banco Central. O Banco Central e os analistas já sabem que com o aumento do petróleo algum reajuste dos combustíveis deveria existir. Eu não vejo nada fora do que as perspectivas de análise já apontavam. Não acho que vai piorar nenhuma avaliação porque essa medida já era esperada - afirmou.

O ministro disse ainda que a estrutura da economia brasileira está mais preparada para enfrentar esses choques nos preços internacionais do petróleo. Segundo ele, a situação das contas externas é muito positiva e permite que o Brasil tenha mais musculatura para enfrentar as adversidades, lembrando que em abril e maio já houve pressão externa de preços e agora os preços estão se acomodando. Ele citou ainda que o país diversificou a matriz energética e aumentou bastante a produção de óleo, de forma que a dependência de petróleo externo é menor do que era no passado. Além disso, o Brasil conta com combustíveis alternativos, lembrou o ministro.

- Há maior flexibilidade no Brasil para enfrentar momentos como esses - afirmou.

Palocci disse estar muito confiante na economia brasileira e afirmou que o país está no sexto mês de crescimento industrial e econômico.

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