Peluso vota por condenar João Paulo

Ministro votou pela condenação do deputado petista a seis anos de prisão por corrupção passiva e peculato

Fonte: Folha.com

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Cezar Peluso votou nesta quarta-feira pela condenação do deputado João Paulo Cunha (PT-SP) a seis anos de prisão por corrupção passiva e peculato (desvio de dinheiro). Ele ainda o absolveu da acusação de lavagem de dinheiro e de um segundo peculato.


Com o voto de Peluso, João Paulo está a apenas um voto de sua condenação por corrupção e peculato -- outros quatro ministros votaram neste sentido.


Hoje candidato a prefeito de Osasco, na grande São Paulo, ele é acusado de receber R$ 50 mil para beneficiar agência do empresário Marcos Valério em contrato com a Câmara. Em sua despedida do STF --ele se aposenta dia 3-- Peluso atacou os argumentos da defesa de que recebeu os recursos do PT para pagar pesquisas eleitorais.


"Ao meu ver, a alegação [ de usou o dinheiro para pagar as pesquisas] é absolutamente inverossímil e as razões são várias. O réu mentiu [sobre o fato]. Se era dinheiro do partido, a única explicação era dizer que era do partido. O dinheiro evidentemente não era do PT. O partido estava insolvente. Não poderia pedir [o dinheiro]."


Segundo o ministro, João Paulo mandou a mulher buscar o dinheiro na agência do Banco Rural "porque não queria que nenhum assessor soubesse do recebimento e queria mandar alguém que garantisse a entrega do dinheiro".


"Só por aqui eu entendo que houve um ato ilícito. Uma tentativa de ocultar algo", disse.


Para o ministro, a versão de que o dinheiro era do PT foi desmentida, em depoimento, pelo deputado e as notas fiscais de prestação de serviços de pesquisas são sequencias.


"É inacreditável a construção de pretensa prova da [contratação] pesquisa. Não prova coisa alguma. [...] A empresa ficou seis meses sem fazer nada".


Peluso disse que ficou evidente a proximidade entre Cunha e Valério e a explicação de que se encontravam para discutir o cenário político do país não convence.


"Que político experimentado teria que conversar com um publicitário sobre a situação política do país? A proximidade entre ambos ficou evidente".


Além de Peluso, votaram pela condenação do petista o relator Joaquim Barbosa, e os colegas Rosa Weber (de forma parcial), Luiz Fux e Cármen Lúcia. Dias Toffoli seguiu a decisão do revisor, Ricardo Lewandowski, pela absolvição.

Palavras-chave: Corrupção passiva; Peculato; Voto; Mensalão; Julgamento

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1 Comentários

Nelson Rodrigues de Almeida Junior advogado30/08/2012 14:25 Responder

Sou filiado ao PT e por ele tenho grande admiração(PT) por suas lutas sociais no cenário nacional. Todavia, a esses políticos travestidos de socialistas, só tenho uma coisa a dizer: CADEIA NELES.

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