Paim diz que maioria no Senado pode votar contra o salário-mínimo de R$ 260
Paim lembra que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,7% no primeiro trimestre de 2004 em relação ao mesmo período do ano passado, o que mostra, segundo ele, que o país está arrecadando mais e pode dar um reajuste maior ao salário.
BRASÍLIA - Com base numa pesquisa informal, o senador Paulo Paim (PT-RS) afirma que 53 senadores podem votar contra o salário-mínimo de R$ 260 estabelecido pelo governo. Segundo o petista, votariam contra o valor 17 senadores do PFL, 12 do PSDB, cinco do PDT, três do PL, dois do PPS, três do PSB, três do PT, sete do PMDB e uma senadora sem partido. Paim lembra que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,7% no primeiro trimestre de 2004 em relação ao mesmo período do ano passado, o que mostra, segundo ele, que o país está arrecadando mais e pode dar um reajuste maior ao salário. Paim defende um reajuste para R$ 300 este ano e a criação de uma política salarial que corrija anualmente o mínimo por um percentual correspondente ao dobro do aumento do PIB.
- Entendo que agora o governo não tem mais justificativa para não dar um aumento. O crescimento do PIB, além de dez outras fontes de recursos que já apresentei, reforça essa teoria - diz Paim.
Ontem, 21 deputados e uma senadora do PT entregaram um manifesto ao presidente do partido, José Genoino, contra o salário-mínimo de R$ 260. No documento, eles antecipam que pretendem votar com a medida provisória que reajusta o mínimo de R$ 20.
- Se a Câmara não alterar o valor do mínimo para mais, o Senado o fará - alerta Paim.