Pai diz à polícia que acorrentava criança para evitar furto

Crianças foram achadas presas a correntes pela PM na Zona Norte de SP. Pai pode perder a guarda dos filhos; ele vai responder por maus-tratos.

Fonte: G1

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O pai das duas crianças encontradas acorrentadas em uma casa nesta quinta-feira (20) no Jaçanã, Zona Norte de São Paulo, afirmou, em depoimento à polícia, que fazia isso para "mantê-las na linha". Segundo ele, o menino de 9 anos cometia furtos na escola. O irmão, que também estava preso a correntes, tem 8 anos.


De acordo com a Polícia Militar, havia outras seis crianças na casa, com idades de 5 a 14 anos. Uma tem síndrome de Down.


Elas foram localizadas sozinhas na residência após uma denúncia anônima.


O delegado Antônio Carlos Corsi Sobrinho, do 73º DP,  disse que o pai afirmou não ter outra alternativa senão amarrar os filhos para poder trabalhar, já que a mãe deles morreu. "Ele disse que tem que trabalhar, que tentou manter as crianças na linha e que viu que a única saída era amarrar."


O pai contou que a avó, que mora perto da casa onde as crianças estavam, cuidava delas enquanto ele trabalhava. Disse ainda que foi chamado várias vezes na escola após o garoto de 9 anos (um dos que estavam acorrentados) cometer pequenos furtos.


As crianças foram encaminhadas para o Hospital São Luiz Gonzaga, mas exames não detectaram sinais de maus-tratos. Segundo o conselheiro tutelar Alexandre Pires, o pai disse estar "desesperado" pois não tinha mais domínio sobre os filhos. As crianças podem ser deixadas com um outro familiar nos próximos dias. “Elas só irão para um abrigo em último caso”, afirmou Pires.


O pai assinou um termo circunstanciado e foi liberado. Mas deverá responder por maus-tratos.

Palavras-chave: Maus Tratos; Furto; Crianças

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