Operação da Polícia Civil prende suspeitos por desvios milionários na APAE de Bauru

Polícia Civil prende oito suspeitos de envolvimento em desvios milionários na APAE de Bauru. Descubra todos os detalhes sobre a operação e o caso do desaparecimento de Cláudia Lobo.

Fonte: Jornal Jurid

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Foto: Anderson Camargo / TV TEM

A Polícia Civil de Bauru deflagrou uma operação na madrugada desta terça-feira (3), resultando na prisão de oito pessoas envolvidas em um esquema de desvios milionários na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE).


A investigação, conduzida pelo Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (Seccold), revelou uma complexa rede de corrupção, lavagem de dinheiro e peculato, que agora envolve membros da direção da entidade e familiares da secretária executiva desaparecida, Cláudia Lobo.


Desvios milionários na APAE de Bauru: O que a operação revelou?

A operação da Polícia Civil, que resultou na prisão de funcionários da APAE e familiares de Cláudia Lobo, tem como foco os desvios de recursos públicos destinados à entidade. As investigações apontam que os envolvidos utilizaram sua posição na instituição para desviar grandes quantias, uma prática criminosa que é enquadrada nos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa. A prisão ocorreu após o cumprimento de mandados de busca e apreensão em diversos endereços de Bauru.


Além das prisões, a polícia apreendeu celulares, computadores, veículos, joias e dinheiro em espécie, incluindo armas não registradas com um ex-policial que prestava serviços de segurança à APAE. A operação tem como objetivo apurar o alcance dos desvios e bloquear os bens dos envolvidos, como parte do esforço para recuperar os valores desviados.


Conexão com o desaparecimento de Cláudia Lobo

A operação da Polícia Civil em Bauru ocorre simultaneamente à investigação sobre o desaparecimento e suposto assassinato de Cláudia Lobo, secretária executiva da APAE, desaparecida desde agosto deste ano. Cláudia foi morta pelo ex-presidente da APAE, Roberto Franceschetti Filho, segundo as conclusões da polícia. Roberto, que já se encontra preso desde agosto, é suspeito de envolvimento no homicídio e no esquema de corrupção.


Além de Roberto Franceschetti Filho, também foram presos a filha, a irmã e o ex-marido de Cláudia Lobo. As investigações sobre a morte da secretária revelaram que Cláudia foi assassinada dentro de um veículo da APAE, com um disparo de arma de fogo. A polícia descobriu que, após o crime, o corpo foi incinerado e suas cinzas espalhadas em uma área de mata.


Operação revela prática de peculato e lavagem de dinheiro na APAE

O inquérito da Polícia Civil identificou que os desvios de recursos na APAE envolviam grande parte de verbas públicas, o que qualificou o caso como uma série de crimes de peculato. O delegado Glaucio Stocco, responsável pela operação, afirmou que as investigações têm como objetivo não só combater a corrupção dentro da entidade, mas também identificar a rota do dinheiro desviado, que foi lavado por meio de transações fraudulentas e falsificação de documentos.


Além disso, foram encontrados registros financeiros suspeitos nos computadores da vítima, Cláudia Lobo. Esses registros indicam que a secretária executiva estava lidando com valores que, aparentemente, não eram devidamente registrados ou explicados pelos envolvidos na direção da APAE.


Impacto da operação e expectativas sobre o futuro

As prisões realizadas nesta operação são um marco importante para a Polícia Civil de Bauru, que está enfrentando um caso de grande repercussão em nível estadual. Além de resolver os crimes de corrupção e desvio de verbas, as autoridades agora buscam provas adicionais que possam levar à localização do corpo de Cláudia Lobo, cujo desaparecimento gerou ampla comoção. Até o momento, as buscas não conseguiram confirmar se os ossos encontrados na área onde o corpo foi incinerado realmente pertencem à vítima.


A operação, que resultou na apreensão de diversos materiais eletrônicos e valores, também deixa claro que a corrupção dentro da APAE não se limita ao desvio de recursos, mas também envolve manipulação e ocultação de evidências, o que tornou esse caso ainda mais complexo. A polícia segue com as investigações e aguarda a análise dos materiais apreendidos para avançar na identificação de todos os envolvidos.


Prisão de suspeitos e combate à corrupção na APAE

A operação da Polícia Civil em Bauru é um avanço significativo na luta contra os desvios de recursos públicos e o crime organizado dentro de organizações assistenciais. O caso que envolve a APAE, além de revelar um esquema de corrupção, também está diretamente ligado a um crime hediondo, o assassinato de Cláudia Lobo. As prisões dos envolvidos são apenas o começo de uma investigação que promete trazer mais revelações sobre os desvios milionários e a lavagem de dinheiro dentro da entidade.


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