Na 7ª fase da Lava Jato, PF prende ex-diretor de Serviços da Petrobras

O ex-dirigente Renato Duque é um dos presos da nova etapa da operação. Agentes cumpriram mandado de prisão e apreensão em 5 estados e no DF.

Fonte: G1

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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (14) a sétima fase da Operação Lava Jato, cumprindo mandados de prisão e busca e apreensão no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Pernambuco e no Distrito Federal. Um dos detidos pelos 300 agentes federais envolvidos nesta nova etapa da operação policial é o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Indicado pelo PT para o cargo de alto escalão, ele foi preso em sua residência, no Rio de Janeiro, e conduzido para a superintendência local da PF.


O ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal do petróleo Paulo Roberto Costa, que fez acordo de delação premiada e atualmente cumpre prisão domiciliar, revelou durante depoimento à PF e ao Ministério Público Federal ter conhecimento de irregularidades praticadas na Diretoria de Serviços da empresa e na divisão internacional da estatal entre 2004 2012. À época, o diretor de Serviços da petroleira era Renato Duque e a área internacional estava sob a responsabilidade de Nestor Cerveró.


O G1 tentou contato com a assessoria de Renato Duque, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.


Ao todo, 300 policiais federais, com apoio de 60 servidores da Receita Federal, deram reativaram nesta sexta-feira a Lava Jato, operação que desbaratou, em março, um esquema de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e pagamento de propinas que operava inclusive dentro da Petrobras.


Segundo PF, a Justiça Federal do Paraná, responsável pelo processo da Lava Jato, decretou seis mandados de prisão preventiva, 21 de prisão temporária, nove de condução coercitiva (quando o suspeito é conduzido à polícia para prestar esclarecimentos) e 49 de busca e apreensão. Os envolvidos responderão, de acordo com suas participações no esquema, pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.


Ainda de acordo com a Polícia Federal, foi decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720 mihões em bens pertencentes a 36 investigados. Além disso, o juiz federal Sérgio Moro, que está julgando a Lava Jato na primeira instância, autorizou o bloqueio integral de recursos financeiros de três empresas que seria de propriedade de um dos operadores do esquema criminoso.


As buscas e apreensões feitas nesta sexta, explicou a assessoria de imprensa da Receita Federal, servirão para promover eventuais ações fiscais em decorrência de supostos pagamentos de serviços que possam não ter sido prestados, como “assessorias” ou “consultorias”. Conforme a Receita, os valores desses supostos serviços, contabilizados como "custos operacionais", reduziriam de forma fraudulenta a base de cálculo de tributos.


A Petrobras está no centro das investigações da operação Lava Jato, da Polícia Federal. O esquema, segundo a PF, foi usado para lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, de acordo com as autoridades policiais, movimentou cerca de R$ 10 bilhões. As investigações identificaram um grupo brasileiro especializado no mercado clandestino de câmbio, diz a PF.


Os principais contratos sob suspeita são a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, que teria servido para abastecer caixa de partidos e pagar propina, e o da construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, da qual teriam sido desviados até R$ 400 milhões.

 

A Polícia Federal vai conceder uma coletiva de imprensa, às 10h, em Curitiba, para dar mais detalhes sobre as novas buscas da Lava Jato.


Delações premiadas


Na última terça (12), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que, ao menos, nove pessoas já concordaram em colaborar com as investigações da Operação Lava Jato com a delação premiada. Além disso, outras já se interessaram em apontar nomes de envolvidos e fatos relacionados ao suposto esquema de pagamento de propina a políticos a partir de contratos da Petrobras, foco da investigação.


O Supremo Tribunal Federal (STF) já homologou a delação premiada do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Janot relatou que há outras três delações concluídas e prontas para serem homologadas.


Além disso, informou o chefe do Ministério Público, mais “cinco ou seis” colaboradores estão negociando acordo semelhantes com os procuradores responsáveis pelo caso, entre eles o doleiro Alberto Youssef, apontado como um dos líderes da organização criminosa.


Veja quais mandados judiciais estão sendo cumpridos pela PF nesta sexta:


Paraná


Dois mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva, em Curitiba.


Distrito Federal


Um mandado de busca e um de prisão preventiva.


Minas Gerais


Dois mandados de busca e apreensão, em Belo Horizonte.


Pernambuco


Dois mandados de busca e apreensão, em Recife.


Rio de Janeiro


Onze mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva e quatro de prisão temporária.


São Paulo

Palavras-chave: Operação Lava-jato Petrobras Corrupção

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