MSF começa a operar vagões hospitais para retirar pacientes em estado grave da linha de frente na Ucrânia

Com a operação, é possível liberar leitos nos locais que estão enfrentando a maior demanda por atendimento médico de feridos, ao mesmo tempo em que os transferidos têm a possibilidade de receber atenção mais especializada.

Fonte: Assessoria de Imprensa - MSF

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Reprodução: Pixabay.com

Médicos Sem Fronteiras (MSF) começou a utilizar um trem com vagões adaptados para realizar a transferência de pacientes em estado grave, mas estáveis, de instalações médicas próximas à linha de frente na Ucrânia para hospitais em áreas mais seguras dentro do território do país. Com a operação, é possível liberar leitos nos locais que estão enfrentando a maior demanda por atendimento médico de feridos, ao mesmo tempo em que os transferidos têm a possibilidade de receber atenção mais especializada.


A primeira viagem com nove pacientes foi feita de Zaporizhzhia até Lviv no final da semana passada. Alguns pacientes vieram da região de Mariupol, que enfrenta bombardeios diários.  “Claro que faz sentido liberar leitos em hospitais que estão próximos à linha de frente para permitir que eles tenham mais capacidade de atendimento. Mas precisávamos ter certeza de que estaríamos transferindo pacientes para um local onde eles teriam o mesmo nível de cuidado ou até um nível de cuidado maior. E nós queríamos ter certeza de que seria seguro para todos”, disse Joanne Liu, pediatra e ex-presidente internacional de MSF, que está atuando nas operações da organização no país.


A equipe de MSF incluiu clínicos, anestesista, pediatra, enfermeiros e um especialista em reanimação. Nesta primeira operação, os pacientes enfrentaram um trajeto de quase um dia de viagem. O desafio da equipe médica foi fazer uma triagem adequada, retirando da linha de frente pacientes em estado grave, mas assegurando que sua condição permitisse que eles suportassem o percurso. “Nosso principal desafio foi avaliar cada paciente. Essa pessoa poderia aguentar uma transferência de 20 horas onde não temos o nível de cuidados de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nesta primeira versão curta do trem de referência médica?”, explicou Liu


O médico de MSF Dan Schnoor, especialista em emergências, fez o acompanhamento dos pacientes dentro do trem e ajudou na chegada a Lviv. “Nós estamos trabalhando com esses hospitais da linha de frente para identificar aqueles que se beneficiariam desse tipo de serviço. E também identificar hospitais que possam receber os pacientes e oferecer atendimento em um ambiente mais seguro”, explicou.


O trem deve realizar novas viagens ao longo desta semana e outra composição, maior, está sendo preparada para entrar em operação.

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