MP-SP cria grupo para investigar tortura de animais

Gecap poderá ter até cinco promotores criminais dedicados à área. Para deputado, há demanda reprimida por serviço

Fonte: G1

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Procuradores criminais do estado de São Paulo poderão integrar a partir de agora um grupo especializado em apurar denúncias de maus-tratos contra cães, gatos, pássaros e outros animais domésticos. A determinação está no ato normativo 704, que cria o Grupo Especial de Combate aos Crimes Ambientais e de Parcelamento Irregular do Solo Urbano (Gecap). O ato foi assinado na semana passada pelo procurador-geral de Justiça de São Paulo, Fernando Grella Vieira.


Os promotores vão atuar apoiados em leis como a 9.605/98, que trata de abuso, maus-tratos, ferimento ou mutilação de animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. A criação do Gecap permitirá ao Ministério Público atuar em representações, inquéritos policiais, procedimentos investigatórios criminais e em termos circunstanciados, assim como também nos processos criminais que envolvam a prática de crimes de parcelamento e ocupação irregular do solo urbano (Lei nº 6.766/79).


Autor da proposta, o promotor de Justiça e deputado estadual Fernando Capez afirma que a criação do Gecap é o primeiro passo na direção da criação de uma promotoria de defesa animal. "Esse grupo vai receber denúncias, representações e vai poder investigar. Nossa expectativa é de que em pouco tempo o volume de trabalho ligado à área animal acarrete a criação da promotoria", disse Capez. Segundo o parlamentar, existe demanda reprimida por esse tipo de atuação do Ministério Público em São Paulo.


Segundo Capez, o grupo deverá ter de três a cinco promotores criminais, que terão de elaborar relatórios mensais e trimestrais de atuação. O deputado afirmou que eles terão poder de investigação. E deu um exemplo de como a promotoria pode ser útil nesse caso.


"Chegou ao meu conhecimento, há 20 dias atrás: um cara colocou no site na sexta-feira que no domingo ele iria esquartejar o gato dele e colocar o filme na internet. Ele fez um torneio: esquartejo ou não esquertejo. Estava vencendo que ele devia matar o gato. Fiquei sem ação. A quem se pode recorrer? Eu fui diretamente ao Deic, delegacia de crimes cibertnéticos, e consegui que eles localizassem o sujeito", afirmou.

Palavras-chave: Ministério Público; Animais; Tortura; Grupo; Criação; Defesa Animal

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2 Comentários

Roseli D. Alverte Advogada02/08/2011 14:50 Responder

Ótima a iniciativa, os animais são indefesos e precisam de proteção legal contra os monstros que praticam qualquer tipo de violência contra eles.

Ednéia Advogada03/08/2011 10:21 Responder

Execelente iniciativa do nobre Deputado e Promotor Fernando Capez, vivenciamos a violência e os maus tratos aos animais constantemente e seus agressores sairem ilesos, acredito que esta será uma importante ferramenta para que tais ocorrências sejam desestimuladas.

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