MP obtém condenação de dupla por morte de vereador de Franco da Rocha
O motivo do homicídio fora um dossiê comprovando diversas irregularidades da administração e a participação de seus colegas de Câmara nas ilegalidades
O Ministério Público obteve, a condenação de A.R.O. e R.P.Z. pela morte do vereador Carlos Aparecido da Silva, de Franco da Rocha, na Grande São Paulo. O vereador, conhecido como Carlinhos, foi morto a tiros em novembro de 2008.
De acordo com a denúncia, apresentada pela promotora Patrícia Salles Seguro em janeiro de 2009, A.R.O. e Rafael ficaram de campana em um carro estacionado em frente à casa do vereador. Quando Carlos da Silva chegou, A.R.O. desceu do carro e disparou vários tiros contra o vereador. Voltou ao carro, dirigido por A.R.O., e fugiu.
O crime deu início às investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) - Núcleo São Paulo –, de um grande esquema de desvio de dinheiro, corrupção, e superfaturamento de obras envolvendo o prefeito e diversos vereadores de Franco da Rocha. Segundo as investigações, o vereador Carlinhos foi morto porque tinha em seu poder um dossiê comprovando diversas irregularidades da administração e a participação de seus colegas de Câmara nas ilegalidades.
A.R.O. foi condenado a 14 anos e R.P.Z, a 15 anos de prisão. As penas deverão ser cumpridas em regime fechado e eles não poderão recorrer em liberdade.
O júri foi desaforado para a Capital por suspeita de imparcialidade dos jurados, pressão política e pela extrema periculosidade dos réus. O promotor de Justiça Rogério Leão Zagallo atuou no júri, presidido pela juíza Eliana Cassales Tosi de Mello, da 5ª Vara do Júri da Capital, que terminou na madrugada desta quinta-feira.