O Ministério Público do Rio de Janeiro entrou com denúncia por improbidade administrativa contra o deputado estadual Jorge Babu (PTN-RJ).

Em setembro deste ano, o deputado foi condenado duas vezes pela Justiça do Rio por formação de quadrilha armada e concussão (exigir vantagem em razão do cargo).

A nova denúncia surgiu de investigação da época que Babu era vereador do Rio (2000-2004).

O Ministério Público investigava a acusação do ex-assessor Alexandre da Silva de que Babu ficava com cerca de R$ 2.500 do salário de R$ 3.000 que recebia.

De acordo com a promotoria, durante a investigação o esquema do então vereador mostrava um recolhimento mensal de R$ 12 mil dos salários dos assessores.

O ex-assessor chegou a ser exonerado depois de reclamar do fato. No entanto, foi readmitido, sem saber, para que Babu retirasse o 13º salário, de acordo com o Ministério Público.

Segundo a denúncia, o deputado também falsificou documentos e cheques de Silva.

O pedido da promotoria é para que Babu perca os direitos políticos por 10 anos e seja proibido de fechar contratos com o poder público.

A reportagem entrou em contato com a assessoria do deputado, mas ainda não obteve resposta.

Em um dos processos em que foi condenado, o deputado foi acusado de participar de um esquema para liberar, mediante o pagamento de propina, autorizações necessárias para promover bailes funk no Rio de Janeiro.

O deputado também é acusado de dar apoio político a uma milícia, que começou a agir na zona Oeste do Rio a partir de 2006. A promotoria afirma que o grupo fazia principalmente extorsão para vender "segurança" e "proteção".