Lula diz que a Polícia Federal nunca atuou tanto no combate ao crime organizado
BRASÍLIA - Ao participar da abertura do seminário sobre combate à lavagem de dinheiro e recuperação de ativos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a Polícia Federal nunca atuou tanto no combate ao crime organizado como agora.
BRASÍLIA - Ao participar da abertura do seminário sobre combate à lavagem de dinheiro e recuperação de ativos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a Polícia Federal nunca atuou tanto no combate ao crime organizado como agora. O presidente observou, no entanto, que não adianta apenas prender as pessoas, é preciso recuperar o dinheiro desviado dos cofres públicos. Lula disse que acabar com a lavagem de dinheiro não é uma batalha fácil e, como eterno sonhador, sonha em vencer o crime organizado.
- A coisa que mais me entristece é quando a pessoa está há quatro, cinco anos na cadeia e vocês não conseguem trazer um centavo de volta. Não basta vontade apenas do presidente e do ministro, é preciso uma vontade coletiva para exercer essas funções de combate ao crime organizado - afirmou.
Ao fazer um improviso em seu discurso, Lula citou o cantor Zeca Pagodinho e o apresentador Ratinho para falar sobre a força do crime organizado.
- Como o Zeca Pagodinho diria, essa gente que vocês querem pegar tem bala na agulha. Ou como o Ratinho diria, tem café no bule - dise o presidente
Ao falar dos desvios de recursos públicos, Lula disse que o delito financeiro tem sido objeto de ação implacável de seu governo, mas alertou que não há soluções mágicas e que nenhum país sozinho conseguirá acabar com o crime organizado, que movimenta US$ 600 bilhões ao ano no mundo.
- Não há soluções mágicas, o pleno combate não se dará por ações isoladas de cada país - afirmou.
Lula elogiou o Ministério Público, afirmando que ele tem agido de forma ágil e independente. Depois de participar da cerimônia, Lula resolveu visitar o Superior Tribunal de Justiça, onde os ministros estavam reunidos para discutir um processo envolvendo previdência. O julgamento foi interrompido e o presidente apenas cumprimentou os ministros.