Líder do tráfico em Itaboraí condenado a 16 anos
Mesmo preso, o réu é acusado de comandar a venda de drogas na comunidade da Reta
O juiz Marcelo Alberto Chaves Villas, da Vara Criminal de Itaboraí, condenou a 16 anos e oito meses de prisão o traficante L.O.B., o Dodô. Mesmo preso no presídio de segurança máxima Bangu III, ele é acusado de comandar a venda de drogas na Comunidade da Reta, naquela cidade, com mão de ferro. Também foram condenados E.R.S., o bebê (sete anos e seis meses) e J.S.O., o Mosquitinho (oito anos e seis meses).
Pelos mesmos crimes, o Ministério Público denunciou também B.P.L., o Boldinho, que está foragido, e M.P.F.L., o Mauricinho ou PAC, cujo processo foi desmembrado e ainda será julgado. Os acusados, de acordo com a denúncia, agiriam fortemente armados, coagindo moradores através do medo. No local, segundo as investigações, haveria um cemitério clandestino, onde estão enterradas pessoas que contrariaram as ordens dos traficantes.
Segundo o juiz, todo conjunto probatório que instruiu a denúncia serviu para demonstrar o que todo morador de Itaboraí já bem conhece: “que a região do Complexo da Reta é um local dominado por traficantes de drogas; meliantes, por sua vez, associados à indigitada facção criminosa ‘Comando Vermelho’”.
Na sentença o juiz relata que a ação dos traficantes, que agem há anos, de forma estável e permanente, na organização do comércio de drogas no Complexo da Reta, causa grandes prejuízos para a população local e para a imagem da cidade de Itaboraí. E lembrou que a região, por ser tão problemática para a segurança pública do município, teve que ser ocupada durante a eleição pelo Exército.