Justiça liberta filha de ex-ministro do TSE acusada de mortes

Ex-ministro, a mulher e a empregada da casa foram assassinados a facadas em 2009. A filha do casal foi denunciada pelo Ministério Público pela participação nos assassinatos

Fonte: Folha Online

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Um dia após ser presa em Ipanema (zona sul do Rio) e transferida para um presídio em Brasília, Adriana Villela, filha do ex-ministro do TSE José Guilherme Villela, 73, conseguiu nesta sexta-feira autorização da Justiça pra ficar em liberdade. Ela é acusada de matar os pais.


A decisão é do desembargador do TJDF (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios), George Lopes Leite. De acordo com o tribunal, o pedido de habeas corpus foi apresentado no começo da madrugada desta sexta e julgado pelo desembargador do plantão. O mérito da decisão ainda será julgado.


O ex-ministro e a mulher -- Maria Carvalho, 69-- foram assassinados a facadas em 2009, no apartamento em que moravam, na Asa Sul, bairro nobre de Brasília. Também foi morta a empregada da família, Francisca da Silva, 58.


Adriana foi presa a pedido do a pedido do Ministério Público do Distrito Federal. A Procuradoria afirma que a prisão preventiva foi solicitada "em decorrência das inúmeras injunções que estavam prejudicando a elucidação do crime da 113 sul e para garantir a normal instrução do feito".


Desde o crime, diversos culpados pelos crimes foram apontados pela polícia, numa investigação com idas e vindas, brigas internas na corporação e até a queda de uma delegada, pela suspeita de uma prova plantada.


Em agosto passado, Adriana e outras quatro pessoas foram presas sob a alegação de estarem atrapalhando as investigações. Em setembro, a filha do casal foi denunciada pelo Ministério Público pela participação nos assassinatos, denúncia acatada pela Justiça. Chegou a passar quase três semanas na prisão. Em novembro a polícia reabriu o caso.


Na ocasião, Leonardo Campos Alves, ex-zelador do prédio dos Villela, afirmou em frente às câmeras ter cometido o triplo homicídio para roubar e por medo de ser reconhecido. Dias depois, Alves mudou radicalmente o depoimento e envolveu Adriana como mandante dos crimes.


Ontem, Adriana foi presa no Rio, onde estava de férias. Segundo Rodrigo Alencastro, advogado da filha dos Villela, o juiz havia sido comunicado da viagem, e julgou conveniente a prisão para a fase de instrução do processo e para a garantia da ordem pública.


O advogado diz que o juiz, em sua decisão, fez referência às alegações passadas de obstrução das investigações, mas não apresentou nenhum fato novo.

Palavras-chave: Habeas Corpus; Filha; Assassinato; Pais; Ex-ministro

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2 Comentários

diene almeida procuradora29/01/2011 0:18 Responder

A justiça é cega para uns e enxerga em demasia para outros.

Rafael estudante29/01/2011 17:18 Responder

Se fosse um negro da Villa Cruzeiro já estaria repousando eternamente ou estaria sendo ressocializado em um agradável presídio de segurança máxima, curtindo um RDD.

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