Justiça do Rio ouve primeiras testemunhas do processo que apura a morte de Eduardo Coutinho

Maria das Dores Coutinho, mãe do acusado e vítima, foi a primeira testemunha a ser ouvida

Fonte: Agência Brasil

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O 1º Tribunal do Júri da Capital realizou nesta segunda- feira (19/5) a primeira audiência de instrução e julgamento do processo que apura o assassinato do cineasta e documentarista Eduardo Coutinho. Daniel Oliveira Coutinho, filho da vítima, foi preso em flagrante e responde por homicídio qualificado.
 
 
A primeira testemunha foi Maria das Dores Oliveira Coutinho, mãe do acusado. Bastante emocionada e sob alegação de constrangimento, pediu ao juiz Fabio Uchôa que retirasse o filho da sala de sessão durante o seu depoimento.  Maria das Dores contou que, na manhã do dia 02 de fevereiro deste ano, logo após acordar, Daniel a atacou pelas costas, desferindo uma facada contra seu seio esquerdo. Ao fugir pelo apartamento, gritou por socorro, até trancar-se no banheiro. Eduardo Coutinho, que ainda dormia, teria percebido a movimentação e acordou, indo interpelar o filho, questionando o seu ato. Foi a última vez que viu o marido com vida.
 
 
“Ouvi o Daniel dizer que tinha, enfim, encontrado a solução para aquela situação que estávamos vivendo em casa”, contou Maria das Dores. Indagada pela promotoria do MP-RJ (Ministério Público, ela contou que a convivência da família tinha piorado muito desde que Eduardo Coutinho adoeceu, ano passado, vítima de nódulos no pulmão. Mesmo com a saúde fragilizada, o cineasta insistia em sair de casa, o que era motivo de brigas e discussões violentas com o filho. Maria das Dores admitiu que o convívio com Daniel era muito difícil, sendo o mesmo usuário de entorpecentes.


Ana Beatriz Aguiar, vizinha da família, foi a segunda testemunha a depor e disse que Daniel Coutinho, muito calmo, foi a seu apartamento procurar ajuda para chamar uma ambulância. A terceira testemunha, Milton Bittencourt de Freitas, marido de Ana Beatriz, disse que desceu até à portaria para chamar os bombeiros. Ressaltou que Daniel sempre foi muito educado, discreto, mas de pouca conversa e muito reservado. O policial militar Izaílton Bezerra de Santana também depôs como testemunha de acusação.

 
Pela defesa, Rita Maria da Silva, tia de Daniel, contou que o acusado não tem vida social, é muito quieto e não interage sequer com as pessoas que frequentavam o apartamento da família. Disse, ainda, que o mesmo chegou a ser encaminhado para tratamento psiquiátrico com um médico amigo de Eduardo Coutinho. O pai, inclusive, depois de uma grave discussão com o filho, teria pedido à Rita que o levasse embora para uma casa na praia de Mauá, município de Magé, na Baixada Fluminense.

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