Justiça condena autores da Rebelião do Cepaigo

Organizadores foram condenados a uma média de 13 anos de prisão por crime de extorsão mediante sequestro qualificado

Fonte: TJGO

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Os organizadores da Rebelião do Cepaigo, como ficou conhecido nacionalmente o motim liberado por L.P., em 1996, foram condenados a uma média de 13 anos de prisão por crime de extorsão mediante sequestro qualificado. A sentença foi dada pelo juiz Silvio José Rabuske, da 1ª Vara Criminal de Aparecida de Goiânia. Na ocasião, o então presidente do Tribunal de Goiás (TJGO), H.S.F., além de diversos juízes, autoridades, promotores e advogados, foi feito refém por um grupo de presidiários, enquanto visitava o complexo prisional.


“Restou devidamente comprovada a efetiva participação dos mesmos na prática do crime de extorsão mediante sequestro. Uns como coautores, outros como partícipes, sempre prestando auxilio mútuo e agindo em divisão de tarefas. Todos contribuindo para transmitir medo e insegurança necessários para que o fim da empreitada criminosa fosse alcançado”, argumenta o magistrado.


Os réus deveriam responder ainda por dano qualificado (destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia), mas o crime já foi prescrito. C.A.S., A.B.S., A.P.G. e O.L.C. morreram no decorrer da fuga. O.S.S., L.P., G.R.S., V.M.O.F. foram mortos no interior do antigo CEPAIGO, depois de serem recapturados, e A.G.O., foi encontrado morto, nas imediações do estádio Serra Dourada.


Histórico


O preso A.G.O. soube previamente que a comitiva estaria no presídio no dia no dia 28 de março de 1996 para verificar a situação dos reeducandos e das instalações do local, além de fazer a doação de uma máquina agrícola. A.G.O., então, repassou a informação para os demais, que arquitetaram um plano de fuga.


No dia da visita, os agentes não conseguiram recolher os presos às suas celas e, tampouco, avisaram ao grupo que os presos estavam no pátio. Armados com estiletes e pedaços de pau e ferro, os presidiários se aproveitaram da pouca segurança que cercava a comitiva e começaram a rebelião.


Os reféns foram distribuídos em grupos e colocados em celas, “sob constante ameaça física e psicológica”. A partir daí, começou a destruição do presídio, com a derrubada de muros, incêndio nas dependências administrativas e em um caminhão da Empresa de Saneamento de Goiás (Saneago) que fazia uma obra no interior da prisão. Também foram depredadas as oficinas da indústria e arrombados cofres, de onde foram retiradas drogas, que passaram a ser consumidas livremente.

Palavras-chave: Extorsão; Sequestro; Rebelião; Cepaigo; Condenação

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