Juiz condena líderes de torcida organizada do Palmeiras por formação de quadrilha

O juiz da 7ª Vara Criminal de São Paulo condenou dois ex-diretores da torcida organizada Mancha Alviverde por tumultos ocorridos na final do Campeonato Paulista de 2008. O fato aconteceu no Estádio Palestra Itália, após o jogo entre Palmeiras e Ponte Preta. Na ocasião, dois seguranças do Palmeiras foram agredidos e vários policiais militares foram feridos a pedradas

Fonte: Última Instância- UOL

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O ex-presidente da Mancha, Neilo Ferreira e Silva, conhecido como “Lagartixa”, foi condenado a quatro anos de reclusão e 10 meses de detenção. E o ex-presidente do Conselho Fiscal da agremiação, Janio Carvalho dos Santos, a dois anos de reclusão e 10 meses de detenção. Ambos poderão recorrer em liberdade.


De acordo com a denúncia, torcedores da Mancha Alviverde, liderados por Neilo e Janio, tentaram invadir a sede social do clube, sendo barrados por dois seguranças que foram então agredidos a socos e pontapés. Um deles ainda foi ofendido por Janio, que utilizou palavras referentes à sua cor para depreciá-lo.


A Tropa de Choque da Polícia Militar foi chamada e formou um cordão de isolamento para impedir que os torcedores que saíam do estádio entrassem em confronto com os integrantes da torcida organizada que pretendiam entrar no estádio pelo mesmo acesso, o que poderia resultar em pisoteamento e ferimentos.


Segundo o MP, o presidente da Mancha Alviverde anunciou que estava havendo um confronto de torcedores com a Polícia Militar na entrada do clube por meio de de um carro de som. O ato acabou incitando os demais integrantes da torcida à briga com os policiais, conforme a acusação.


Ao final do processo, o juiz condenou os dois ex-dirigentes da Mancha Alviverde pelos crimes de lesões corporais contra os dois seguranças, incitação à violência e formação de quadrilha. Neilo ainda foi condenado pelo crime de injúria racial. Ambos tiveram a pena mínima de cada crime aumentada pela metade em razão das circunstâncias apuradas nos autos.


Segundo a sentença, “as vítimas e policiais ouvidos em Juízo confirmaram que conhecem a fama dos acusados, sabendo que são pessoas acostumadas à prática de atos violentos, até pelo fato de terem sido líderes de torcida uniformizada conhecida por envolvimento em brigas com torcidas de outras agremiações e até do mesmo clube”.


Para o juiz, como líderes de torcida de clubes de futebol, os acusados deveriam dar o exemplo, sobretudo para cumprir o estatuto da associação, que prevê finalidade pacífica. O juiz ainda ressaltou que “o líder deste tipo de associação tem que ter consciência de sua responsabilidade, por comandar milhares de torcedores. Sua atuação tanto pode contribuir para trazer a paz aos estádios de futebol, quanto pode levar à situação oposta”.

Palavras-chave: Justiça; Condenação; Torcida; Campeonato 2008; Formação de quadrilha

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