Juiz autoriza retirada de aparelhos que mantêm mulher viva

Fonte: UOL

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Miami, 18 mar (EFE).- O juiz principal do caso da mulher americana que está em estado vegetativo há 15 anos determinou hoje, sexta-feira, que os aparelhos que a mantêm viva sejam retirados.

A decisão do juiz George Greer é contrária à tomada pelo juiz local David Demers, do condado de Penellas (Flórida), que esta manhã, através de uma decisão judicial, suspendeu a retirada das sondas que alimentam Terri Schiavo, de 41 anos, inicialmente prevista para as 15.00 (horário de Brasília).

Demers argumentou que alguns aspectos legais deveriam ser esclarecido antes da retirada dos aparelhos da paciente.

Com sua decisão, Greer jogou um balde de água fria nos esforços da maioria republicana do Congresso dos EUA para manter a mulher viva.

"Não recebi uma razão convincente para que (os) comitês (do Congresso) devam intervir", disse Greer ao explicar sua decisão em entrevista coletiva, sem informar quando serão desligadas as sondas que mantêm Schiavo com vida.

O juiz acrescentou que os esforços de última hora dos legisladores não invalidam anos de decisões judiciais sobre o caso da mulher, que há 15 anos sofreu uma brusca redução de potássio em seu organismo que a deixou em estado vegetativo.

Advogados da Câmara de Representantes disseram, no entanto, que recorreriam da decisão do juiz Greer.

O caso de Schiavo causou uma batalha legal de mais de sete anos entre seu marido, Michael Schiavo, que argumenta que a mulher não queria viver artificialmente, e os pais de Terri.

Hoje, dois Comitês do Congresso dos EUA intervieram no caso.

O Comitê de Saúde do Senado dos EUA citou Terri, apesar de seu estado, e seu marido Michael a comparecerem ao organismo em 28 de março.

Além disso, o Comitê de Reforma Governamental da Câmara de Representantes anunciou que iniciará sua própria investigação e enviou sua própria citação.

O processo de Terri Schiavo causou uma inflamada polêmica nos EUA entre defensores do direito a uma morte digna e grupos conservadores e religiosos contrários à eutanásia, para quem desligar os aparelhos seria cometer assassinato.

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3 Comentários

José Carlos Paiva Estudante de Direito21/03/2005 0:51 Responder

Mais uma vez com profunda tristeza, deparamos com o HOMEM querendo ser SUPREMO. Quem de nós tem o direito de exterminar uma vida que não nos pertence? Quando o ser HOMEM se dará conta de que ninguém é infalivel? Porque pensarmos que somos donos da verdade. Sou totalmente contrário à decisão do juiz George Greer, e também do marido da enferma. Pois mais que os Pais da enferma, ninguém está com certeza, sentindo tamanha e irreparavel dor. Há que se respeitar o dom da VIDA. "Não basta conhecer a Lei o importante é pratica-la".

Denise santos Estudante de Direito21/03/2005 10:12 Responder

Onde existe vida, existe esperança, desligar o aparelho de um ser humano que ainda respira, independente de estar vegetando ou não é considerado crime. Assim como Deus nos deu a vida é ele quem deve nos tirar.

Sonia Rosa Martins advogada22/03/2005 22:21 Responder

A vida mantida com os aparelhos não cessárá de imediato, como é sabido. Este ser humano morrerá de inanição e por este assassinato serão responsáveis aqueles que desligarem os aparelhos que a alimentam. Não é justo o homem decidir de que forma tirará a vida de outro. Diferente, entendo, o caso daquele que em estado terminal pede que lhe abreviem o sofrimento.

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