Investimento empresarial nas eleições é germe da corrupção

“É preciso que seja estabelecido também um teto, fixado por lei, de gastos máximos de campanha. A cada eleição há um crescimento milionário e geométrico destes custos. Atualmente, apenas a candidatura presidencial do Brasil está em torno de um bilhão de reais”,  disse Marcus Vinicius Furtado Coêlho

Fonte: OAB Nacional

Comentários: (1)




“Necessitamos do rápido julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade – a ADI 4.650, que acaba com o investimento empresarial em partidos e candidatos. Ele é o germe da corrupção”, afirmou na sexta-feira (21), o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho.

“Esperamos que esta tenha sido a última eleição em que o investimento privado tenha participado. Não se trata de demonizar o empresariado ou diminuir a atividade política, mas esse modelo cria uma relação nada saudável à democracia”, afirmou Marcus Vinicius.

O presidente comparou o cenário eleitoral brasileiro com outros modelos em vigência: “o Brasil gasta hoje, proporcionalmente, dez vezes mais do que a Inglaterra em campanhas eleitorais. É um dado único para dizer o quanto nós gastamos muito. E o fim do financiamento empresarial já existe em trinta e seis países do mundo, como França. E recentemente a Espanha está discutindo esse tema. Quer dizer, muitos países do mundo e na metade da América Latina já não é permitido o financiamento de campanha por empresas”.

Conforme o presidente da OAB, o modelo de financiamento defendido pela Ordem é o democrático, com a utilização do fundo partidário (já destinado aos partidos) e o realizado por pessoas físicas, com limite estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral. “É preciso que seja estabelecido também um teto, fixado por lei, de gastos máximos de campanha. A cada eleição há um crescimento milionário e geométrico destes custos. Atualmente, apenas a candidatura presidencial do Brasil está em torno de um bilhão de reais”.

Marcus Vinicius também destaca a necessidade de criminalização do caixa dois das campanhas. “Com o barateamento da campanha eleitoral, o caixa dois ficará visualizável a olho nu, detectável mais facilmente. Atualmente, com milhões de reais que são permitidos em campanhas, este dinheiro ilícito acaba sendo diluído com os milhões de recursos existentes. O projeto de lei de iniciativa popular, Eleições Limpas, prevê a criminalização da prática do caixa dois”, finalizou.

Palavras-chave: Investimento Eleições Corrupção OAB

Deixe o seu comentário. Participe!

noticias/investimento-empresarial-nas-eleicoes-e-germe-da-corrupcao

1 Comentários

efebrandes@hotmail.com 25/11/2014 19:33 Responder

Isso é uma falácia. O que falta no Brasil é o cumprimento da Lei Penal, sem rodeios. Oras, se já existe caixa 02 às claras, imaginem quando não se permitir mais as doações de empresas. A proposta do Governo, cuja OAB parece ser simpática, somente lança na clandestinidade o que já ocorre nos dias de hoje. Há muito, os Dirigentes da Ordem estão próximos do Poder Central e esqueceram dos valores que permeiam o Estado Democrático de Direito. O problema é a certeza de impunidade para os atos CORRUPÇÃO e não as Leis como querem fazer crer alguns.

Conheça os produtos da Jurid