Investigação da morte da juíza Patrícia Acioli entra em nova fase

Patrícia Lourival Acioli foi assassinada a tiros dentro de seu carro, na porta de sua residência, quando retornava do Fórum

Fonte: TJRJ

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O presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, disse em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira, dia 27, que desde o início das investigações tinha certeza de que o assassinato da juíza Patrícia Acioli não ficaria impune. “Eu sempre tive certeza de que todos os culpados seriam capturados e punidos. Esse é um caso raro, onde se conseguiu chegar ao mentor intelectual do crime, o que é muito difícil de acontecer, e isso só foi possível graças ao trabalho primoroso da polícia Civil do Rio, a quem quero elogiar em público”, afirmou o desembargador.


O presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro, desembargador Antonio Siqueira, também agradeceu o trabalho da Polícia Civil, que em nenhum momento relaxou na busca da elucidação do crime. “Desde a prisão dos três primeiros suspeitos nós dissemos que as investigações continuariam até que encontrássemos o mentor intelectual”, lembrou.


O secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame, explicou que a transferência do tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira do Batalhão de São Gonçalo para o Batalhão da Maré, na Zona Norte do Rio, foi uma medida corriqueira e que na época na transferência ainda não existia nenhuma prova concreta contra ele.


A chefe da Polícia Civil, delegada Martha Rocha, disse que já foram avaliadas até agora 380 armas apreendidas no Batalhão de São Gonçalo e que em breve todas estarão periciadas.


O delegado Felipe Ettore, da Delegacia de Homicídios, lembrou que “nessa terceira fase do inquérito, ainda precisamos de sigilo. Somente a divulgação antecipada de informações pode atrapalhar as investigações”. Ele disse ainda não haver, até o momento, indícios da participação de outros oficiais e que o suspeito que fez a delação premiada apenas usou um direito que a lei lhe confere. Quanto à motivação do crime, o delegado disse que a juíza estava a buscando elementos para prender o tenente-coronel por envolvimento em execuções e corrupção.


Na noite desta segunda-feira, dia 26, a pedido do Ministério Público, o juiz Peterson Barroso Simão, da 3ª Vara Criminal de Niterói, decretou a prisão temporária, por 15 dias, de mais sete policiais militares acusados de envolvimento na morte da juíza Patrícia Acioli. São eles: o tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira, ex-comandante do Batalhão de São Gonçalo, e os PMs Charles de Azevedo Tavares, Alex Ribeiro Pereira, Carlos Adílio Maciel Santos, Sammy dos Santos Quintanilha, Jovanis Falcão Junior e Junior Cezar de Medeiros.


No último dia 11, foi decretada, no plantão judiciário do 2º NUR, a prisão temporária de três policiais militares acusados de participar do assassinato da magistrada: o tenente Daniel dos Santos Benitez Lopes e os cabos Sergio Costa Junior e Jefferson de Araujo Miranda. Assim, hoje, são 10 os policiais que respondem por envolvimento no crime.

Palavras-chave: Patrícia Acioli; Assassinato; Milícia; Fase; Investigação

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2 Comentários

josé edvan santos da silva advogado29/09/2011 11:50 Responder

Ontem assistindo ao jornal da noite da Bandeirantes a reportagem mostrou um imóvel e dois automóveis importado que pertence ao Ten. Coronel claudio luiz de oliveira, afirmando que sua renda mensal na PM é de R$10.000,00 (Dez Mil Reais), e que o mesmo tem três filhos que estudam em colégio particular, fico pasmo que a Receita Federal nunca atua nesses casos, ou será que os bens estão em nome de terceiro? Gostaria de saber a opinião dos funcionários da Receita. Sonegar é crime.

marcia empresaria29/09/2011 16:54 Responder

Concordo com voce, Jose. será que a Receita n tem como investigar de onde vem os bens desses marginais e corruptos? Graças à Deus, que pelo menos nesse caso, a policia esta agindo rápido. Espero que não seja em vão a investigação e que todos sejam presos e que fiquem presos, por pelo menos 30 anos. É o que a sociedade espera.

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