Injúria cometida por policial reformado deve ser julgada pela Justiça comum

Por unanimidade, a Sexta Turma definiu que cabe à Justiça comum processar e julgar o caso.

Fonte: STJ

Comentários: (0)




A injúria praticada por um policial reformado contra outros militares da ativa deve ser analisada pela Justiça Militar? O Superior Tribunal de Justiça (STJ) entende que não. Por unanimidade, a Sexta Turma definiu que cabe à Justiça comum processar e julgar o caso.

O policial militar reformado (segundo tenente da Polícia Militar de São Paulo) teria ofendido dois outros policiais militares que controlavam o trânsito, razão por que foi aberta uma investigação pela suposta prática de crime militar. A injúria é um crime que ocorre quando uma pessoa ofende a dignidade ou o decoro de alguém, atacando a moral e abatendo o ânimo da vítima. Na Justiça Militar, foram negados os pedidos de habeas corpus do policial reformado para que fosse declarada a competência da Justiça comum para analisar o processo.

Mas, no STJ, o relator, desembargador convocado Celso Limongi, destacou que ?a competência da Justiça Militar é estrita e não cabe interpretação extensiva para colocar em seu rol de competência espécies de crime não taxativamente previstas em lei?. Para o relator, o delito de injúria praticado por militar reformado não é da competência da Justiça Militar. ?Seria da Justiça Militar a competência se o delito fosse praticado por militar em situação de atividade, ou assemelhado?, concluiu.

Por isso, o desembargador convocado no STJ concedeu o habeas corpus para declarar a Justiça comum paulista competente para julgar o caso. Os ministros da Sexta Turma acompanharam esse entendimento.

HC 125582

Palavras-chave: injúria

Deixe o seu comentário. Participe!

noticias/injuria-cometida-por-policial-reformado-deve-ser-julgada-pela-justica-comum

0 Comentários

Conheça os produtos da Jurid