Golpes virtuais disparam no Brasil durante a pandemia
Com mais pessoas em casa por causa do isolamento social e o aumento de operações no comércio eletrônico, as tentativas de fraudes virtuais estão em alta.
Com mais pessoas em casa por causa do isolamento social e o aumento de operações no comércio eletrônico, as tentativas de fraudes virtuais estão em alta. Entre 20 de março e 18 de maio, a busca de informações pessoais e bancárias de brasileiros na chamada dark web cresceu 108%, segundo pesquisa feita pela Refinaria de Dados, empresa especializada na coleta e análise de informações digitais.
“Os criminosos aproveitam que as pessoas estão passando mais tempo online para atacar. Para conseguirem dados pessoais, eles geralmente usam como isca expressões que estão em alta em tempos de coronavírus, como Covid, auxílio emergencial, Caixa”, explica o advogado Rafael Maciel, especialista em Direito Digital e Proteção de Dados Pessoais..
Entre os golpes virtuais mais comuns nesse período estão os chamados phishings, nome dado a prática que usa e-mail ou SMS para roubar informações do usuário. Segundo informações da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), esse golpe aumentou 70% durante a pandemia.
“Nessa prática, os criminosos enviam mensagens com informações que chamam a atenção do usuário. Ele clica em um link e, a partir daí, permite a captura dos dados pessoais”, afirma o especialista. O primeiro passo, segundo Maciel, é verificar a origem do link e ver se ele pertence a um domínio conhecido e se não há discrepância entre o nome do site e o endereço.
Outro golpe bastante comum é alguém ligar perguntando se a pessoa fez uma compra num determinado valor. Diante da negativa do usuário, ele afirma que é do banco e pede para confirmar os dados. Ele informa alguns e pede outros. “Não clique em links suspeitos, desconfie de ofertas fora da realidade e jamais passe seus dados para estranhos. Enfim, é preciso ter muita cautela nesse período de vulnerabilidade”, finaliza Maciel. (Com informações da Agência Estado)
Enviado por João Camargo Neto.