Gilmar Mendes pede vista, e STF adia conclusão de julgamento sobre réu na linha sucessória

O julgamento foi retomado hoje, após um primeiro pedido de vista do ministro Dias Toffoli ter interrompido o julgamento em novembro do ano passado.

Fonte: Uol.com.br

Comentários: (1)




Um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes suspendeu nesta quarta-feira (1º) o julgamento pelo STF (Supremo Tribunal Federal) sobre se réus em ações criminais no Supremo podem ocupar cargos na linha sucessória da Presidência da República.


O julgamento foi retomado hoje, após um primeiro pedido de vista do ministro Dias Toffoli ter interrompido o julgamento em novembro do ano passado.


Em dezembro, o STF chegou a julgar a decisão liminar do ministro Marco Aurélio que determinou o afastamento da presidência do Senado de Renan Calheiros (PMDB-AL). Naquela ocasião, o Supremo derrubou a decisão de Marco Aurélio e manteve Renan no cargo, com a proibição de que ele substituísse o presidente Michel Temer na chefia do Executivo.


Pela Constituição, a linha sucessória no caso de o presidente da República se ausentar do país ou ser afastado respeita a seguinte ordem: vice-presidente da República, o presidente da Câmara, o presidente do Senado e o presidente do STF.


Como Temer não tem vice, o primeiro na linha de sucessão é o presidente da Câmara. Depois, vêm o presidente do Senado e a presidente do STF.


Como votaram os ministros


Apesar de a maioria dos ministros já ter votado, o julgamento ainda não está definido, pois os votos podem ser alterados até o encerramento do caso.


Da primeira vez que a questão foi julgada, na sessão em que Toffoli pediu vista, cinco dos 11 ministros acompanharam o relator, ministro Marco Aurélio, e votaram pela proibição de que réus no Supremo ocupem cargos na linha de sucessão do presidente. Posteriormente, Celso de Mello alterou seu voto para manter a possibilidade de réus permanecerem no cargo, mas com a proibição de que substituam Temer.


Essa posição de Celso foi vitoriosa entre a maioria dos ministros na sessão que derrubou a decisão de Marco Aurélio para afastar Renan da presidência do Senado.


O tema voltou à pauta do Supremo quando Marco Aurélio deferiu liminar determinando o afastamento de Renan da presidência do Senado, em dezembro, após o senador se tornar réu por suspeita de desvio de dinheiro público.


Naquele julgamento, o Supremo decidiu se iria confirmar ou não a decisão de Marco Aurélio, e o entendimento do ministro relator foi derrotado pelo voto de seis dos nove ministros que participaram da sessão.


A maioria do STF acompanhou o voto do ministro Celso de Mello e determinou que Renan ficaria proibido de substituir Temer na Presidência, mas poderia continuar ocupando a chefia do Senado.


O caso voltou à pauta nesta quarta-feira, pois o julgamento da ação principal sobre o caso não havia sido concluído por causa do pedido de vista de Toffoli.


Na sessão de hoje, Toffoli e Ricardo Lewandowski acompanharam o voto de Celso de Mello e entenderam que réus criminais no Supremo podem ocupar a presidência da Câmara e do Senado, desde que fiquem impedidos de substituir o presidente da República.


Eleições no Congresso


O julgamento ganha relevância pois a Câmara e o Senado devem eleger seus presidentes para os próximos dois anos nesta quarta e quinta-feira.


Não há réus entre os candidatos, mas os parlamentares apontados como favoritos foram citados por delatores da Operação Lava Jato como beneficiários de doações em situações suspeitas.


No Senado, a expectativa é pela eleição de Eunício Oliveira (PMDB-CE). Na Câmara, o atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é considerado favorito para a reeleição. Ambos são da base de apoio ao governo e citados em delações da Operação Lava Jato. Eles negam qualquer irregularidade.


Em sua delação à Operação Lava Jato, o ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho listou Eunício --apelidado de "Índio"-- entre os parlamentares que receberam dinheiro para aprovar uma medida provisória de interesse da empresa. O senador teria levado R$ 2 milhões. Eunício diz que jamais recebeu dinheiro para aprovar projetos e que os recursos recebidos foram declarados e aprovados pela Justiça.


O peemedebista também foi citado na delação do ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), no trecho em que detalha a influência do PMDB no setor de minas e energia por meio de supostos esquemas de propina. Eunício nega envolvimento em ambos os casos.


Maia também é citado na delação do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho. Apelidado de "Botafogo", o deputado teria recebido R$ 100 mil para quitar despesas de campanha. Em troca, ajudaria a aprovar uma medida provisória de interesse da empreiteira. Maia diz que nunca recebeu "vantagem indevida para votar qualquer matéria" e afirma que todas as doações eleitorais recebidas foram legais e devidamente declaradas ao TSE.


Entenda o caso


A ação foi movida no ano passado pelo partido Rede Sustentabilidade, tendo como alvo o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), à época réu em duas ações penais no Supremo. O partido pedia que o STF afastasse Cunha da presidência da Casa.


Em maio de 2016, o próprio STF afastou o deputado do mandato, e da presidência, a pedido da Procuradoria-Geral da República, que o acusava de usar o cargo para atrapalhar investigações contra ele. Em julho, Cunha renunciou oficialmente ao cargo e, em setembro, a Câmara dos Deputados cassou o mandato do peemedebista.


O argumento para impedir que réus no Supremo ocupem a presidência da Câmara ou do Senado, nasce da determinação prevista na Constituição Federal de que se for aberto um processo penal contra o presidente da República por crimes comuns praticados no exercício do mandato, o presidente fica afastado do cargo por 180 dias.


O dispositivo é semelhante ao do processo de impeachment, onde também há o afastamento do presidente. A diferença é que no impeachment o presidente é julgado pelo Senado, e não pelo STF, por acusação de crime de responsabilidade, que são crimes de natureza política e administrativa.


O ministro Dias Toffoli, que votou contra a perda do cargo, afirmou em seu voto que o presidente da República não chega a perder o cargo, antes de ser julgado, mas fica apenas afastado temporariamente do cargo.

Palavras-chave: CF Pedido de Vista Julgamento STF Réus Ações Criminais Cargos Linha Sucessória Presidência

Deixe o seu comentário. Participe!

noticias/gilmar-mendes-pede-vista-e-stf-adia-conclusao-de-julgamento-sobre-reu-na-linha-sucessoria

1 Comentários

kelly cruz thanks01/02/2017 20:43 Responder

Meu nome é KELLY CRUZ, eu nunca novo ainda há confiança digno feitiço caster online, eu quase cometeu suicídio porque ela me deixou, Mas todos os agradecimentos vão para o Dr. ROSE, que eu conheci on-line em um dia fiel, como eu estava procurando dicas Para obter minha esposa e as crianças de volta para casa, me deparei com vários depoimentos sobre esta mulher em particular com grandes poderes. Algumas pessoas testemunharam que ela trouxe seu amante ex de volta, alguns testemunharam que ela ajudá-los a engravidar, curar câncer e outras doenças, alguns testemunharam que ela rezou para parar o divórcio e obter um bom trabalho pagando e assim por diante. Ela é incrível, eu também me deparo com um testemunho particular, era sobre uma mulher chamada Megan anne do Canadá, ela testemunhou sobre como ela trouxe de volta seu amante Ex em menos de 4 dias, e no final de seu testemunho ela caiu Seu e-mail . Depois de ler todos esses depoimentos, resolvi tentar. Eu entrei em contato com ela por e-mail (dralbert107@yahoo.com) e expliquei meu problema para ela. Em apenas (7) dias úteis, minha esposa voltou para mim. Resolvemos os nossos problemas, e estamos ainda mais felizes do que nunca. Dr. Rose, você é uma mulher talentosa e obrigada por tudo o que fez na minha vida. Se você tem um problema e você está procurando um rodízio de feitiço real e genuíno, Try Her a qualquer momento, ela é a resposta para seus problemas. Você pode contatá-la no email: dralbert107@gmail.com) OU (dralbert107@yahoo.com) e ajudar-lhe-á a resolver seu problema.

Conheça os produtos da Jurid